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Francisco Barreto de Menezes recebeu as chaves da<br />
cidade de Segismundo Von Schkoppe, e as tropas vitoriosas<br />
ocuparam o Recife. Estava findo o <strong>Brasil</strong> Holandês. A vitória<br />
fora conseguida com o esforço pertinaz da Metrópole, algumas<br />
vezes tardia Espanha, sempre meia, porém, nessa<br />
responsabilidade, toda ela dos Portugueses e dos<br />
neo-Portugueses, até 1640, e, daí em diante, com a diplomacia,<br />
a aquiescência, os socorros constantes, de Portugal. Nos<br />
neo-portugueses está o esforço conjugado dos Portugueses do<br />
<strong>Brasil</strong>, dos <strong>Brasil</strong>eiros já possuidores de um patriotismo<br />
“nacional”, com a colaboração dos índios e dos negros. O<br />
símbolo dessa conjugação de esforços são os nomes associados<br />
na vitória, de Francisco Barreto de Menezes, João Fernandes<br />
Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe<br />
Camarão.<br />
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Como represália aos Espanhóis, aparecem, nas Índias, os<br />
Holandeses. Navios de tráfico foram sendo apresados em<br />
Moçambique, Coulão, Malaca, China e Molucas. Como se não<br />
bastasse, os Ingleses fortificaram-se em Surate e nas ilhas de<br />
Sunda, dominando o estreito de Singapura. No Mar Vermelho,<br />
Quixome, cercada, capitulou aos Persas e Ormuz não tardou em<br />
cair. Acaba-se o domínio português no Oriente.<br />
Entretanto, essas humilhações não chegaram à aflição da<br />
queda da Bahia, em 25. Filipe IV promete ajudar, mas confia ao<br />
Povo Português a restauração: são precisos 234.000 cruzados,<br />
para a armada e tropas. Toda a gente em Portugal concorre: só a<br />
cidade de Lisboa dá 120.000; os homens de negócio de Lisboa<br />
34.000; os de Coimbra 4.000... e vai por aí 2.000, 1.500, 1.000,<br />
até 234.300 cruzados, gasto da armada, além dos gastos da<br />
Coroa... Assim Dom Teodósio, duque de Bragança, 20.000; o<br />
Duque de Caminha, 16.500; o arcebispo de Braga, 10.000;