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Brasil

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Paulistas, proclamando, se não é lendário, “Amador Bueno<br />

nosso rei”. Em 1710, na “Guerra dos Mascates”, fala-se em<br />

república. Em 89 e 98, bouvera as aventuras malogradas das<br />

Conjurações Mineira e Baiana e em 1817, em Pernambuco, já é<br />

uma revolução e outra a de 1824. Em 25, é a “república de<br />

Piratinim” no Rio Grande. Em 37, é a “Sabinada”, na Bahia.<br />

Castro Alves definira: “República, vôo ousado, do homem feito<br />

condor”... No Rio é publicado o manifesto de 70, onde<br />

aparecem os nomes de Saldanha Marinho, Quintino Bocaiúva,<br />

Aristides Lobo. Funda-se o Clube Republicano, e começa a<br />

propaganda. Na Escola Militar professa Benjamin Constant<br />

Botelho de Magalhães. Em 84, São Paulo elege deputados a<br />

Prudente de Morais e a Campos Sales; Minas, a Álvaro Botelho.<br />

Em geral, os servidores do Império, na oposição ao<br />

partido no poder, trabalham pela república, depondo do<br />

Imperador e da dinastia. Também o Imperador, disse a malícia,<br />

teria caprichos pessoais, julgados severamente. Os preferidos<br />

que sobem ao poder, são os que difamam o Imperador: pode<br />

fazer-se uma antologia “republicana” das ironias e das maldades<br />

com que cobriram Pedro II, em épocas diversas, os Sales Torres<br />

Homem, Antônio Carlos, Holanda Cavalcanti, Alves Branco,<br />

Nabuco de Araújo, Paraná, Olinda, Paranhos, Cotegipe,<br />

Zacarias, Saraiva, Ferreira Viana, Ouro-Preto... Lafayette é<br />

recomendado pelo Manifesto de 70; será Presidente do<br />

Conselho Martinho Campos, que lembra a S. M. que ainda há a<br />

barra, por onde saiu o Pai, e por onde o Filho também pode ir...<br />

Profético. Todos falam do “poder pessoal”. Eusébio de Queiroz<br />

dissera que não se podia ser ministro segunda vez, com Pedro<br />

II. O “César caricato” esmaga os homens “como cabeças de<br />

papoila”.<br />

Ninguém tem amor à instituição: nem mesmo Pedro II,<br />

cujo desprendimento do trono, como fora o de Pedro I, é<br />

manifesto e declarado: apenas “o país não estava preparado para<br />

a república”. É exato que não tem amigos — e José de Alencar,

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