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adquirindo-lhes a produção. Queriam comércio e não guerra. A<br />
luta era com a Espanha.<br />
Em 1640, com a Restauração em Portugal, as coisas<br />
mudam. Sobrevém um armistício, para regular a situação<br />
definitiva. O Marquês de Montalvão, que governava o <strong>Brasil</strong>,<br />
envia a Lisboa seu filho e os Padres Simão de Vasconcelos, o<br />
cronista da Companhia de Jesus, e Antônio Vieira, o grande<br />
orador, admirado por onde andou, na Europa.<br />
No armistício, enquanto a Holanda se estendia para<br />
arredondar a conquista, ao norte até o Maranhão, ao sul até<br />
Sergipe, Portugal reorganizava a resistência e a restauração.<br />
Antônio Moniz Barreto inicia a luta no Maranhão, com recursos<br />
do Pará e outros pontos, e o Flamengo, depois de renhida luta,<br />
abandona S. Luiz, em 44.<br />
André Vidal de Negreiros, a pretexto de ver parentes na<br />
Paraíba, entra, em 42, por Pernambuco, e vai aliciando senhores<br />
de engenho, já desgostosos com a declinante administração de<br />
Maurício de Nassau, prometendo recompensas, quando viesse a<br />
restauração. A maior conquista é a do prestigioso e rico<br />
fazendeiro português, João Fernandes Vieira, que passa a ser<br />
eixo da rebelião, na colônia flamenga. Tudo se faz, porém, não<br />
descobrindo a responsabilidade do Governo Português, que trata<br />
com a Holanda, para impedir a Holanda, em represália, de tratar<br />
com a Espanha, que luta em Portugal contra a restauração:<br />
André Vidal de Negreiros envia Camarão, Henrique Dias e a<br />
sua gente contra os Flamengos e vem queixar-se, oficialmente,<br />
ao governador, de que desertaram... Contudo, a quando da<br />
derrota dos navios de Jerônimo Serrão de Paiva, em 45, pela<br />
esquadra de Lichthardt, os Flamengos encontraram papéis<br />
comprometedores não só do Governador da Bahia, como do<br />
próprio Rei, que os Holandeses traduziram e publicaram, em<br />
Amsterdão, em 47.<br />
O movimento começou a 13 de junho de 45. Foram nove