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Passos; o porto, com Francisco Bicalho; obras que darão<br />
imitação a todo o <strong>Brasil</strong>, de prestígio econômico, além disso,<br />
pelos cais, docas, e edifícios, estradas. Rio Branco, ministro,<br />
elabora o Tratado de Petrópolis, pelo qual o <strong>Brasil</strong>, em 1903,<br />
por 2 milhões de libras, adquire à Bolívia a posse do Acre,<br />
povoado por <strong>Brasil</strong>eiros, uti possidetis, território nacional<br />
acrescentado ao país. Em 1904 o rei da Itália resolve contra nós,<br />
dividindo ao meio o território litigioso que nos disputava a<br />
Inglaterra, próximo à Guiana Inglesa, nosso advogado Joaquim<br />
Nabuco. Rio Branco assina com o Colômbia (07), com o Peru<br />
(09), tratados de limites, e, pelo tratado de 09, restitui ao<br />
Uruguai o condomínio de navegação da Lagoa Mirim e Rio<br />
Jaguarão, ato raro de altruísmo internacional.<br />
Miguel Calmon, ministro de 06-09, pela lei do<br />
povoamento do solo, proporciona a maior massa imigratória que<br />
jamais teve o país (quase um milhão de europeus, 927.802<br />
imigrantes de 1906 a 1914, quando o total, de um século, de<br />
1820 a 1920, foi de 3.461.615); pelo serviço de abastecimento<br />
de águas, do Xerém e Mantiqueira, dá ao Rio a boa água que<br />
teve, até um quartel de século depois; pela construção da<br />
Estrada de Ferro do Noroeste do <strong>Brasil</strong> liga Mato-Grosso à<br />
comunidade nacional, escusando o caminho comprido do Rio da<br />
Prata e Paraná-Paraguai, uma das causas da guerra e à nossa<br />
custa, enriquecimento de vizinhos pelos ônus da campanha<br />
contra o Paraguai: “Seria preciso esperar cem anos!” exclamava<br />
Euclides da Cunha, nas vésperas: mas fê-lo, sem alarde, um dos<br />
nossos raros homens de Estado. As explorações do General<br />
Rondon, para linhas telegráficas, dão o conhecimento da<br />
“Rondônia”, e o serviço de proteção dos índios, como o quisera<br />
José Bonifácio. A “Exposição de 1908”, que celebrou o<br />
Centenário da abertura dos portos (1808) foi um inventário<br />
industrial, e cultural, do <strong>Brasil</strong>.<br />
Em 1917 o <strong>Brasil</strong> quebra a neutralidade na<br />
Grande-Guerra, ao lado dos Aliados: as escolas alemãs e