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Brasil

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Portuguesa, foi movida e promovida por José Bonifácio, que<br />

encarnava o sentimento público: havia porém necessidade de<br />

um ato, a “proclamação solene” da Independência; foi o que se<br />

deu nas margens do Ipiranga. Dom Pedro estava pronto e<br />

preparado para ela, como se preparara para o “Fico”, mas a hora<br />

soou, às 4:30 da tarde de sábado, 7 de Setembro de 22, com a<br />

exclamação: — “Independência ou morte!”, depois de receber o<br />

seu correio, despachado com urgência do Rio de Janeiro, por<br />

José Bonifácio. Ao correio, Pedro Bregaro, dissera o ministro,<br />

segundo informa Drummond: “se não arrebentar uma dúzia de<br />

cavalos no caminho, nunca mais será correio”. “Não cremos —<br />

diz Varnhagen — que o conteúdo desta carta, (a que trouxe o<br />

correio), entrasse por parte na resolução do príncipe (de declarar<br />

a Independência) que já, independente dela, viria preparada do<br />

Rio de Janeiro” (Varnhagen, op. cit., p. 185). O correio trouxera<br />

as últimas notícias de Lisboa (até 3 de Julho), chegadas ao Rio a<br />

28 de Agosto, nas quais o Governo Português tomara<br />

disposições, anulava atos do Príncipe, nomeadamente a<br />

convocação dos representantes das províncias a 16 de<br />

Fevereiro, responsabilizava o Ministério do Rio e os membros<br />

da Junta de São Paulo, signatários da representação de 24 de<br />

Dezembro, numa palavra, atingia a Dom Pedro, chamado<br />

depreciativamente lá “o rapazinho”, e principalmente, a José<br />

Bonifácio. Em vez da carta do Pai, uma de Antônio Carlos<br />

(irmão de José Bonifácio, então nas Cortes) na qual lhe dava<br />

conta: “não poupavam a real pessoa de V. A. R., de envolta com<br />

ataques ao <strong>Brasil</strong>. O horizonte nada promete. .. O augusto pai de<br />

V. A. R. é um perfeito escravo de um ministério vendido ao<br />

partido desorganizador das cortes...” Varnhagen pondera:<br />

“Provavelmente José Bonifácio escreveria alguma carta,<br />

insistindo acerca da necessidade de romper, de uma vez, o véu,<br />

e proclamar a independência. A verdade é que, antes de<br />

poderem chegar ao Rio as resoluções do Príncipe tomadas em<br />

São Paulo, já a proclamação da mesma independência se<br />

resolvia também no Rio de Janeiro, no Grande Oriente, de que<br />

José Bonifácio era Grã-mestre, em sessão de 9 de Setembro”.

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