Tudo isso junto de uma vez só: - teses.musicodobra...
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elativas a todo momento, são híbridas, em um momento a pulsação mínima vira a<br />
intermediária e vice-versa;<br />
• não há <strong>uma</strong> pulsação métrica <strong>de</strong>finida, não há sequer barras <strong>de</strong> compasso na<br />
partitura <strong>de</strong> bateria; as poucas barras <strong>de</strong> compasso que às <strong>vez</strong>es se apresentam<br />
servem sobretudo para separar frases distintas ou <strong>de</strong>limitar a repetição <strong>de</strong> frases;<br />
• a fusão e alternância <strong>de</strong> células rítmicas próprias aos ritmos tradicionais brasileiros:<br />
maracatu, maxixe, forró, afoxé, frevo, marcha, <strong>de</strong>ntre outros;<br />
• na concepção da partitura como um <strong>de</strong>senho, muitas <strong>vez</strong>es, ao acabar a linha, acaba<br />
também a frase musical. Em meio às quiálteras <strong>de</strong> seis, surge o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> um<br />
baterista... ou seria um maestro?<br />
Seguindo a concepção <strong>de</strong> bateria que não atua simplesmente na base, eis <strong>uma</strong><br />
bateria-solista que não apenas sugere, mas realiza melodias, n<strong>uma</strong> homenagem indireta a<br />
Luciano Perrone. Em meio a tantas colcheias, semicolcheias, fusas e pontuadas, as frases se<br />
<strong>de</strong>stacam, como procuro <strong>de</strong>monstrar a seguir.<br />
Já na primeira linha, Hermeto sugere <strong>uma</strong> melodia <strong>de</strong> bumbo e caixa em que alterna<br />
as células rítmicas típicas do maracatu e da marcha, mas essas referências se d<strong>isso</strong>lvem nas<br />
mudanças <strong>de</strong> timbres. No maracatu tradicional, a segunda nota é mais grave e mais forte, o<br />
que não acontece aqui. No entanto, esses ritmos já aparecem na primeira frase e vão<br />
aparecer em diversos outros momentos, assim como a alternância entre grave e agudo<br />
(bumbo e caixa), com os pratos dando a “liga”.<br />
De <strong>uma</strong> pulsação arejada, clara, as frases vão ficando mais <strong>de</strong>nsas, evi<strong>de</strong>nciando<br />
cada <strong>vez</strong> mais pulsações internas. As primeiras figuras ainda apresentam apenas colcheias,<br />
colcheias pontuadas e poucas semi-colcheias, mas aos poucos vão surgindo outras<br />
pulsações possíveis, ainda como variações da frase inicial <strong>de</strong> caixa e bumbo.<br />
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