Tudo isso junto de uma vez só: - teses.musicodobra...
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Gêneros onomatopaicos:<br />
- pipocas: gênero próprio das bandas <strong>de</strong> pífano, o que o caracteriza é <strong>uma</strong> das partes<br />
da música, que é tocada nos aros dos instrumentos <strong>de</strong> percussão, imitando o som <strong>de</strong><br />
pipocas estalando.<br />
- caborés: melodias repetitivas que imitam o som das corujinhas chamadas caborés.<br />
Paralelamente, há gran<strong>de</strong> movimentação rítmica nas percussões, em andamento<br />
animado.<br />
- briga do cachorro com a onça: <strong>uma</strong> dramatização musical, será explicada em<br />
<strong>de</strong>talhes no final <strong>de</strong>ste capítulo.<br />
As bandas <strong>de</strong> pífano tocam também xote, xaxado, coco, frevo, maracatu, ciranda,<br />
etc. No entanto, esses ritmos já fazem parte do repertório mo<strong>de</strong>rno das bandinhas, resultado<br />
da interação <strong>de</strong>ssas com outras formações como os trios <strong>de</strong> forró ou simplesmente com<br />
músicas ouvidas no rádio.<br />
O repertório ligado às festas religiosas em geral não se mistura ao repertório <strong>de</strong><br />
bailes e divertimentos. As bandas <strong>de</strong> Caruaru mais conhecidas e divulgadas pela mídia – a<br />
Banda <strong>de</strong> Caruaru (cujos integrantes atualmente moram em São Paulo) e a Banda Dois<br />
Irmãos – praticamente não tocam mais novenas e benditos, por exemplo. João do Pife, da<br />
Banda Dois Irmãos, explica:<br />
Nosso primeiro repertório, que não posso esquecer, vem do meu pai, ele me <strong>de</strong>u um bom<br />
presente que foi o pífano e me ensinou a tradição tocando novena, nas festas <strong>de</strong> interior, eu e<br />
meu irmão. Ele dizia: “João, não acabe não, que <strong>isso</strong> é bom, é a tradição...”. É <strong>uma</strong> raiz que<br />
vem do meu pai e está mantida a palavra <strong>de</strong>le... Depois passei a morar em Caruaru, fazer o<br />
pife, ven<strong>de</strong>r na feira... As gerações vão passando e essas gerações mais novas não sabem o<br />
que é novena, então a gente tem outro tipo <strong>de</strong> repertório pra acompanhar o tempo: xote, pra<br />
dançar, o baião, o forró que está na mídia...É <strong>uma</strong> mistura, a gente sempre coloca um<br />
chorinho lá no meio, o chorinho <strong>de</strong> pife. Os tradicionais são a novena, rancheira, valsas, os<br />
benditos <strong>de</strong> São Sebastião, Santa Luzia, Santo Antônio... Pra dançar, tem o xaxado, o xote, o<br />
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