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Tudo isso junto de uma vez só: - teses.musicodobra...

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Em outra passagem, <strong>de</strong>ssa <strong>vez</strong> mais curta e súbita, os acentos graves do bumbo e<br />

agudos da caixa, todos fora do “chão” lembram, num relance, um baque <strong>de</strong> maracatu<br />

frenético a repicar.<br />

No trecho abaixo, acontecem três passagens bem interessantes. Primeiro: <strong>uma</strong><br />

levada <strong>de</strong> forró, bem rápido, po<strong>de</strong> ser um “baião com bumbo diferente” do Márcio<br />

Bahia. Em seguida, outra característica marcante da linguagem rítmica <strong>de</strong> Hermeto: a<br />

acentuação do tresillo que antes estava nos tambores graves vai para a caixa, com rulo.<br />

Enquanto <strong>isso</strong>, bumbo e pratos realizam <strong>uma</strong> quiáltera <strong>de</strong> seis, ou seja, pulsações<br />

binárias e ternárias simultâneas. Por último, <strong>uma</strong> melodia que passa pelo bumbo, pelos<br />

tons, pela caixa e pelos pratos e, ainda por cima, <strong>de</strong>slocada. Ela se organiza em grupos<br />

<strong>de</strong> 4+6 pulsações mínimas (fusas).<br />

E o maestro-baterista, afinal, rege em seis? Em três? Ou seria em quatro? Acho que<br />

o maestro rege em dois, guiado pela melodia, que organiza tamanha fusão rítmica.<br />

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