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Tudo isso junto de uma vez só: - teses.musicodobra...

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5.5. Regionais<br />

Com o início das gravações (1902) e, posteriormente, o advento do rádio (1922), a<br />

importância do choro extrapolou os domínios da música instrumental. Além da “música<br />

tocada”, 28 os con<strong>junto</strong>s <strong>de</strong> choro passaram a ser a base instrumental que acompanhava<br />

cantores tanto nos discos como nas rádios. “A partir dos anos 20, na maioria das gravações<br />

comerciais <strong>de</strong> samba, foram os músicos <strong>de</strong> choro que se responsabilizaram pelo suporte<br />

harmônico e pela ornamentação melódica <strong>de</strong> flauta, trombone etc” (Sandroni 2001:105). A<br />

formação que se perpetua a partir <strong>de</strong> então é <strong>de</strong>stacada a seguir: “no solo, <strong>uma</strong> flauta,<br />

bandolim ou clarinete dando a introdução para os cantores; na harmonização, um<br />

cavaquinho e dois violões fazendo frases musicais ‘em terças’ alinhavados pelo ritmo <strong>de</strong><br />

um pan<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> atuação discreta” (Prata 2005).<br />

Até agora havíamos falado dos con<strong>junto</strong>s <strong>de</strong> choro tradicionais, também<br />

formados por violão, cavaquinho, flauta e outros instrumentos solistas. Mas o<br />

pan<strong>de</strong>iro <strong>só</strong> aparece em um dos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> Alexandre Gonçalves Pinto,<br />

quando ele fala <strong>de</strong> João da Baiana. Por volta <strong>de</strong> 1919, com Jacó Palmieri, do grupo<br />

Os Oito Batutas, o pan<strong>de</strong>iro, além <strong>de</strong> outros instrumentos <strong>de</strong> percussão, torna-se<br />

imprescindível à formação.<br />

Pixinguinha e os Oito Batutas é o grupo que estará se apresentando na<br />

ocasião em que o rádio fez sua primeira aparição pública e oficial no Brasil, em<br />

1922, na Exposição Nacional, preparada para os festejos do Centenário da<br />

In<strong>de</strong>pendência. Houve então a transmissão do discurso do Presi<strong>de</strong>nte da República<br />

Epitácio Pessoa e da ópera “O Guarani”, <strong>de</strong> Carlos Gomes, diretamente do Teatro<br />

Municipal. Em meio a tantas comemorações, configura-se o início da parceria entre<br />

o rádio, que dava seus primeiros passos no Brasil, e a formação instrumental que<br />

iria dar o suporte necessário para este novo veículo <strong>de</strong> comunicação: os con<strong>junto</strong>s<br />

regionais.<br />

De acordo com Sérgio Prata, o nome “regionais” teria se generalizado a<br />

partir da caracterização dos pernambucanos Turunas da Mauricéia, dos cariocas<br />

28 Pernambuco do Pan<strong>de</strong>iro é quem vai chamar os choros e sambas instrumentais que gravou <strong>de</strong> “música<br />

tocada”, como veremos no capítulo 8.<br />

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