Tudo isso junto de uma vez só: - teses.musicodobra...
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5.4. Família choro: gêneros<br />
A i<strong>de</strong>ntificação dos gêneros musicais que integram o choro é um assunto repleto <strong>de</strong><br />
questões que mereceriam um <strong>de</strong>talhamento maior ou até outra pesquisa. No entanto, como<br />
falar do choro, do forró e das bandas <strong>de</strong> pífanos sem falar dos gêneros que os integram?<br />
Diante <strong>de</strong>sse dilema e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitar o estudo aqui realizado, optei por falar<br />
dos gêneros a partir <strong>de</strong> fontes atuais e muitas <strong>vez</strong>es inéditas, que não configuram<br />
propriamente um estudo <strong>de</strong> caso, mas sim a elaboração da experiência <strong>de</strong> músicos que<br />
conhecem e praticam cada <strong>uma</strong> <strong>de</strong>ssas linguagens.<br />
Segundo Maurício Carrilho, os gêneros que compõem o universo do choro e seus<br />
respectivos compassos são: a habanera, o lundú, a polca, o tango brasileiro, o maxixe e o<br />
choro (todos em 2/4), a valsa e a mazurca (ambas em 3/4), o schottisch (em 4/4) e a<br />
quadrilha, composta <strong>de</strong> cinco movimentos: I e III em 6/8 e II, IV e V em 2/4.<br />
Veremos os principais <strong>de</strong>les separadamente, lembrando que a caracterização <strong>de</strong> cada<br />
gênero é a combinação do ritmo melódico com o ritmo <strong>de</strong> acompanhamento. A maioria das<br />
informações sobre os gêneros aqui <strong>de</strong>scritas são interpretações do material recolhido<br />
durante o primeiro e o segundo Festival Nacional <strong>de</strong> Choro, em 2005 e 2006,<br />
principalmente nas oficinas <strong>de</strong> Composição, ministrada por Maurício Carrilho, e História<br />
do Choro, ministrada pelo bandolinista e pesquisador Pedro Aragão e pela violonista e<br />
pesquisadora Anna Paes.<br />
a) A polca<br />
De acordo com Pedro Aragão, a polca foi um gênero musical disseminado<br />
rapidamente por várias partes do mundo no século XIX, com gran<strong>de</strong> sucesso. Segundo ele e<br />
Anna Paes, as primeiras polcas vieram da Tchecoslováquia, sendo que a primeira partitura<br />
impressa em Praga data <strong>de</strong> 1837. Pouco tempo <strong>de</strong>pois, em 1845, a polca teria sido<br />
apresentada pela primeira <strong>vez</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Como já vimos nas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong><br />
Alexandre Gonçalves Pinto, a polca foi muito valorizada entre os chorões, além <strong>de</strong> estar na<br />
origem <strong>de</strong> inúmeras combinações que originaram outros ritmos brasileiros, do forró ao<br />
frevo.<br />
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