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Genismo - Stoa

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Exemplo Ilustrativo<br />

A “Navalha de Ocam” é, na verdade, um princípio bastante<br />

intuitivo, e o utilizamos corriqueiramente em nosso cotidiano<br />

mesmo sem perceber. Um exemplo ilustrativo poderá mostrar isso.<br />

Suponha que você, por exemplo, está andando numa rua e observa,<br />

mais ao longe, uma caixa de sapatos na calçada. Sem nenhuma<br />

outra informação a respeito, qual das seguintes teorias abaixo você<br />

escolheria em relação à caixa de sapatos observada?<br />

1-A caixa esta ‘vazia’.<br />

2-A caixa contém 20 mil reais.<br />

3-A caixa contém 20 mil reais e a coroa da rainha.<br />

4-A caixa contém 20 mil reais a coroa da rainha e o segredo da vida<br />

eterna.<br />

5-A caixa contém um duende verde que criou o universo e que<br />

poderá te realizar três desejos quaisquer.<br />

Qual destas teorias sobre o conteúdo da caixa você escolheria?<br />

Principalmente, tente responder qual a razão de sua escolha.<br />

A opção natural seria a escolha de número 1-“A Caixa está vazia”, a<br />

mesma que a “Navalha de Ocam” apontaria, pois todas as outras são<br />

teorias com hipóteses desnecessárias, já que não existem evidências<br />

de nenhuma delas. Apesar disso, ela poderia não ser a teoria correta<br />

sobre o conteúdo da caixa. Assim, podemos perceber, em primeira<br />

aproximação, que a “Navalha de Ocam” é um critério racional de<br />

escolha, e não um instrumento de prova sobre a veracidade de<br />

teorias ou hipóteses. Veremos a seguir que a “navalha” é também<br />

um método capaz de funcionar como critério de “prova” quando<br />

utilizada para eliminar hipóteses ad-hoc que, por sua vez, são<br />

utilizadas contra as evidências encontradas.<br />

O Papel das Evidências<br />

Uma evidência pode ser definida como um fato ou evento que pode<br />

ir a favor ou contra uma teoria. Dizemos que uma evidência é<br />

favorável a uma teoria (corrobora a teoria) quando a teoria prevê<br />

que aquela evidência poderia ou deveria ocorrer nas condições<br />

previstas pela própria teoria. Caso contrário, isto é, quando a teoria<br />

prevê que a evidência não poderia ocorrer, dizemos que a evidência<br />

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