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Genismo - Stoa

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área já possui dono. Hoje, existem contratos escritos e assinados<br />

que marcam, de maneira análoga, o direito de posse. O Direito<br />

surge então como conseqüência direta da normatização da moral. O<br />

Direito é, portanto, a ética documentada.<br />

A ética não evoluiu somente na extensão e no modo moderno de<br />

demarcar fronteiras entre o que é certo e errado. Com a evolução da<br />

capacidade cerebral, determinadas ações podiam ser avaliadas, e<br />

julgadas, através das conseqüências que delas derivassem.<br />

É importante notar que este padrão médio de avaliar as<br />

conseqüências de uma ação, e que depende da inteligência média do<br />

grupo, é o que irá determinar quando um dado ato deve ou não ser<br />

considerado ético ou legal. Pessoas com deficiência mental, por<br />

exemplo, são sempre absolvidas de quaisquer atos danosos que<br />

venham a praticar, pois sua inteligência deficitária as impedem de<br />

avaliar, com a precisão de uma pessoa normal, as conseqüências de<br />

seus atos.<br />

Como a capacidade de avaliar conseqüências é fruto direto da<br />

inteligência, então, a responsabilidade também deve ser uma<br />

propriedade individual e, assim, o julgamento ético deveria ser<br />

aplicado dentro do contexto da individualidade pessoal, que poderia<br />

variar de uma forma quase contínua, como também ocorre com a<br />

variabilidade da inteligência entre os indivíduos de um grande<br />

agrupamento humano.<br />

Além de a ética abarcar o julgamento sobre ações tomadas a partir<br />

da previsibilidade de suas conseqüências, abre-se também um novo<br />

ramo, pouquíssimo explorado, mas também fruto da evolução<br />

intelectual humana: a “responsabilidade por omissão”.<br />

A responsabilidade da omissão surge do dever que temos de nos<br />

preocupar não somente com as conseqüências de nossos atos, mas<br />

também com as conseqüências de nosso não-agir, das escolhas que<br />

poderíamos ter feito, mas não fizemos. Ao escolhermos uma<br />

determinada ação, e não uma outra, somos também responsáveis<br />

por permitir um determinado leque de conseqüências e não outro. E<br />

estas avaliações deverão ser sempre baseadas na MEC.<br />

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