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Genismo - Stoa

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como objetivo nos trazer a maior felicidade dentre todas as opções<br />

avaliadas.<br />

Para resolver este problema de comparar sentimentos distintos,<br />

deveremos lançar mão da teoria evolutiva. A teoria evolutiva<br />

darwiniana moderna, o neodarwinismo, apregoa que os seres vivos<br />

foram selecionados favorecendo aqueles que mais conseguiram<br />

perpetuar seus genes, isto é, os que possuíam maior “fitness”.<br />

Assim, como o cérebro evoluiu por seleção natural, devemos<br />

esperar que a maioria das escolhas que o cérebro está programado<br />

para fazer, em geral em nível inconsciente são a princípio aquelas<br />

que maximizariam o PODER PERPETUATIVO de nossos genes.<br />

Entretanto, atualmente (e infelizmente?) , nem sempre isso é assim.<br />

Embora muitos dos valores que adquirimos ao longo de nossas<br />

vidas não conflitem com nosso imperativo gene-perpetuativo, nem<br />

sempre baseamos nossas decisões pensando neste fato. Alguns de<br />

nossos valores culturais poderão não estar em sintonia com nossa<br />

biologia. Estas des-sincronizações “gene-meme” devem,<br />

evolutivamente falando, ser raras, ou, ao menos, muito recentes.<br />

Caso contrário, os genes não teriam “permitido” ao cérebro tanta<br />

rebeldia! E já os teriam selecionado para regredirem a um nível<br />

mais animalesco e com menos liberdade de atuação.<br />

Devemos ter em mente que os sentimentos, emoções e sensações<br />

que possuímos não estão em nossos cérebros por acaso. Cada um<br />

deles existe porque tem uma função específica. Cada sentimento é<br />

um algoritmo mental que induz uma reação do fenótipo aos<br />

estímulos ambientais, incluindo os do seu meio ambiente social.<br />

Assim, cada sentimento representa uma função que faz a primeira<br />

interpretação entre o ambiente e fenótipo com o intuito de conferir<br />

maior adaptabilidade ao organismo, ou seja, confere-lhe um maior<br />

potencial gene-perpetuativo.<br />

Quando o organismo está submetido a diferentes tipos de<br />

sentimentos, o cérebro tem, de alguma forma, de avaliá-los e decidir<br />

a próxima ação. Por isso o cérebro deve necessariamente, avaliar e<br />

comparar diferentes tipos de sentimentos que nada mais são do que<br />

resultados parciais pré-processados na nossa rede neuronal dos<br />

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