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Genismo - Stoa

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II.4- O Princípio Antrópico e o NJ<br />

"A poça de água pensou: Deus é mesmo<br />

perfeito, criou um buraco no chão do<br />

tamanho exato para que eu coubesse nele".<br />

(Douglas Adams)<br />

O Princípio Antrópico (PA) é um conceito que relaciona a origem<br />

do universo à vida humana (ou à nossa consciência).<br />

O Princípio Antrópico pode ser classificado em dois tipos, o forte e<br />

o fraco:<br />

"O princípio antrópico forte afirma que o universo comportou-se de<br />

forma a adaptar-se ao Homem. O PA fraco diz que o Universo<br />

comportou-se de forma a surgir o homem, sem esse pleito prédefinido."[2].<br />

A idéia básica por trás do PA é que o universo poderia ser<br />

totalmente diferente do que é, e entre os infinitos universos<br />

possíveis, com possíveis leis físicas diferentes em cada um deles,<br />

apenas alguns poucos poderiam abrigar vida. Especula-se, por<br />

exemplo, que apenas uma pequeníssima alteração na força<br />

gravitacional já seria suficiente para que houvesse instabilidade na<br />

formação dos sistemas solares, ou que uma pequena alteração na<br />

força eletromagnética inviabilizaria a formação de moléculas e,<br />

dessa forma, a vida no universo ficaria inviável.<br />

As equações que regem o nosso universo, segundo nossa Física<br />

atual, estão baseadas em quase uma dezena de constantes, como,<br />

por exemplo, a velocidade da luz, a carga do elétron, a massa do<br />

elétron etc. Até hoje, não encontrei nenhum estudo que mostrasse<br />

que, caso mantivéssemos a mesma estrutura das equações físicas<br />

que temos, e mudássemos apenas as constantes que nela aparecem,<br />

qual seria a fração desse conjunto de equações poderia formar um<br />

universo estável e capaz de desenvolver vida. Isso, sem levarmos<br />

em conta que um universo qualquer, gerado ao acaso, poderia ter<br />

leis tão distintas das nossas, que nossas constantes físicas não<br />

teriam lugar nestas leis, e neste caso seria impossível estudar a<br />

possibilidade de geração de vida nestes universos. Ou seja, é<br />

realmente pura especulação dizer que é ínfima a probabilidade de<br />

um universo, com suas leis geradas ao acaso, poder desenvolver<br />

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