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Genismo - Stoa

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inputs sensoriais provenientes do ambiente, ou então de uma<br />

simulação que fazemos dele em nossas mentes.<br />

Para que possamos comparar diferentes tipos de sentimentos,<br />

portanto, temos que entender o que o cérebro faz: teríamos de leválos<br />

a certo “Denominador Comum”, isto é, associar a cada um<br />

dos sentimentos um valor que deve representar sua força, um<br />

determinado grau na escala de gene-perpetuatividade do<br />

organismo no tempo e no ambiente em que ele se encontra, isto é,<br />

transformar seu valor bruto de excitação neuronal instantâneo (ou<br />

taxa de consumo de oxigênio ou fluxo sanguíneo ) em um valor<br />

gene-perpetuativo (Valor - Gen+).<br />

Quanto mais próximo do real for nosso modelo de normalização,<br />

mais fidedigno deveria ser o resultado final da escolha que o<br />

cérebro, de fato, torna mais precisa nossa forma de comparar<br />

felicidade.<br />

O leitor ainda pode perguntar: “se quisermos chegar aos resultados<br />

que o cérebro chega, porque não perguntamos diretamente a ele?”.<br />

Ou seja, se quisermos saber qual a escolha que uma pessoa fará, não<br />

seria mais fácil perguntar a ela?<br />

A resposta é: às vezes sim, mas nem sempre isso é possível. Além<br />

disso, se o modelo fornecer uma razoável predição da felicidade,<br />

poder-se-iam traçar políticas públicas baseadas numa estimativa de<br />

média da felicidade da população; os juizes poderiam fazer<br />

estimativas quantitativas do cálculo de prejuízo moral que o réu<br />

imputou à sua vítima; e, pensando mais além, poderíamos, nós<br />

mesmos, utilizarmos cálculos racionais elaborados e estimarmos<br />

nossa própria felicidade escolhendo uma ou outra opção de vida.<br />

Devemos perceber que nem sempre os cérebros conseguem, sem<br />

uma ferramenta analítica, prever a felicidade em longo prazo, isto é,<br />

nem sempre escolhemos as opções que de fato nos levam à máxima<br />

felicidade. Podemos provar isso mostrando os dependentes de<br />

drogas , fumo, ou de álcool, por exemplo.<br />

Devemos sempre ter em mente que mesmo que nossos valores<br />

culturas pessoais sejam desconhecidos, eles deverão ativar circuitos<br />

neuronais comuns a todos os humanos, e é a análise da ativação<br />

neuronal destes circuitos que entrará no computo da felicidade e não<br />

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