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Genismo - Stoa

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ser chamado de código de ética, e as leis podem ser consideradas<br />

partes dele.<br />

A maioria dos conflitos, contudo, são “geméticos” (genes vs.<br />

memes), conflitos entre os impulsos e desejos codificados nos genes<br />

e os absorvidos pelo cérebro, via memes, através das normas de<br />

conduta.<br />

É uma batalha muitas vezes cruel e dolorosa.<br />

Quando esta batalha é vencida pelos genes, em detrimento dos<br />

memes éticos, poderá sobrevir um sentimento punitivo (vergonha,<br />

remorso, arrependimento) que, dependendo de sua força<br />

(sofrimento causado), poderá evitar uma repetição do mesmo ato. É<br />

o chamado “efeito punitivo”.<br />

Quando a batalha é vencida pelos memes, em detrimento dos<br />

impulsos genéticos, poderão emergir outros sentimentos também de<br />

caráter punitivo (frustração, tristeza), muitas vezes sinais de que os<br />

memes não estavam adequados.<br />

6-<strong>Genismo</strong><br />

Os conflitos “geméticos” não podem ser minimizados no curto<br />

prazo via genes. Mas isso pode ser conseguido via memes. A<br />

pergunta natural é: qual meme poderia minimizar o conflito<br />

“gemético”?<br />

Para minimizarmos os conflitos “geméticos”, eu propus um meme<br />

chamado <strong>Genismo</strong> que é a doutrina que estabelece que deveremos<br />

agir tendo por meta a nossa perpetuação genética (é importante<br />

lembrar que “perpetuar genes” não significa, necessariamente, ter<br />

filhos).<br />

O <strong>Genismo</strong> propõe que assumamos nossa condição de “máquina de<br />

perpetuar genes” (que é o que realmente somos). Agindo desta<br />

maneira, estaremos integrando nossos flexíveis memes com nossos<br />

rígidos genes, e com isso diminuindo os conflitos “geméticos”.<br />

O <strong>Genismo</strong> propõe também que devamos encarar nossos genes<br />

como a nossa única forma de transcendência pós-morte, nossa única<br />

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