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Genismo - Stoa

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Muitos criticam o genismo dizendo que se trata de uma filosofia<br />

elitista, pois os mais afortunados têm mais chances de perpetuarem<br />

seus genes do que os mais pobres. Entretanto, não percebem que os<br />

mais ricos também têm mais chances de viverem mais, de terem<br />

mais saúde, mais conforto etc., em suma: de serem mais felizes do<br />

que os mais pobres. É uma constatação da realidade que isso é<br />

assim. Não é à toa que a maioria das pessoas gostariam de ser ricas,<br />

e não é por outra razão que jogam na loteria. Como existem muito<br />

mais pobres que ricos, seria bom que os pobres fossem mais felizes<br />

que os ricos, mas, infelizmente, não é assim, e esta é mais uma<br />

razão para que lutemos por uma maior distribuição de renda e mais<br />

justiça social. É interessante notar, contudo, que o genismo induz a<br />

uma maior distribuição de renda e aumento de felicidade uma vez<br />

que famílias ricas genistas tenderiam a ter mais filhos que famílias<br />

ricas não genistas, e assim distribuir a riqueza e felicidade a um<br />

número maior de pessoas (seus filhos). De qualquer modo, a<br />

filosofia genista, diferentemente das religiões, preocupa-se com a<br />

verdade. O próximo texto abordará melhor esta questão.<br />

V.5-Crenças e Realidade<br />

Há algum tempo me disseram, na forma de uma crítica construtiva,<br />

que o genismo era uma doutrina elitista. Na época eu discordei,<br />

pois, em princípio, qualquer pessoa poderia segui-la<br />

independentemente de condição econômica, racial ou cultural. Mas<br />

não religiosa, claro, pois o genismo é uma doutrina atéia.<br />

Posteriormente, contudo, eu entendi aquela crítica como uma<br />

mensagem de que a filosofia não poderia servir a todos já que não<br />

seriam todos que teriam a sorte ou a aptidão de perpetuar seus<br />

genes, uma vez que alguns são muito pobres, outros doentes, outros<br />

estéreis etc. Podemos ver esta crítica sob dois pontos de vista: o<br />

primeiro é que existem pessoas que, por culpa do sistema ou da sua<br />

sorte, nascem em “berço de ouro” e podem ter seu potencial de<br />

felicidade ampliado independentemente da religião ou da filosofia<br />

de vida que venham a seguir. Outros, menos afortunados, podem ter<br />

sua felicidade reduzida em virtude de sua condição social,<br />

econômica, ou mesmo de saúde. Entretanto, o genismo não veio ao<br />

mundo para oferecer ilusões. Se a má distribuição de renda impede<br />

as pessoas de seguirem seu caminho gene-perpetuativo com mais<br />

eficácia, deixando-as mais frustradas e até infelizes por isso, então<br />

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