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Genismo - Stoa

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Existe mais de uma maneira de se chegar ao genismo. Uma delas é<br />

através da Meta-Ética-Científica (MEC): a felicidade é maximizada<br />

nos centros de prazeres do cérebro que a produzem quando o<br />

organismo age de acordo com sua programação evolutiva, isto é,<br />

age no sentido de perpetuar seus genes. Outra maneira é através do<br />

estudo da evolução da vida. O texto a seguir, um dos primeiros que<br />

fiz a respeito deste novo paradigma, mostra como o genismo pode<br />

ser entendido através do estudo neodarwiniano da evolução da vida.<br />

V.2-<strong>Genismo</strong>, uma nova doutrina<br />

Desde a origem da vida, os seres vivos seguiram o seguinte<br />

"algoritmo":<br />

Genes -> mutação ou não -> fenótipo -> ambiente+seleção natural<br />

-> sobrevivência ou morte -> Genes<br />

Este esquema existe desde que surgiu a vida na Terra há alguns<br />

bilhões de anos. Note que os seres que passam por esse processo<br />

SEMPRE morrem, mas não necessariamente seus genes! Antes de o<br />

indivíduo morrer ele pode, eventualmente, passar seus genes para a<br />

próxima geração. Podemos perguntar então: “O que teremos depois<br />

de milhões de gerações?” A resposta é que depois dessa “peneirada”<br />

toda, teremos genes ALTAMENTE especializados em se perpetuar<br />

no tempo, adaptados para atravessar estes “filtros de sobrevivência”<br />

representados pelas dificuldades impostas pelo ambiente.<br />

Estes genes sobreviventes estão representados fenotipicamente por<br />

todos os seres vivos que estão hoje no mundo e que fazem parte de<br />

uma das cerca de cem milhões de espécies distintas. Se estudarmos<br />

a vida animal (fora o homem) nós poderemos verificar o incrível<br />

poder e artimanhas, geneticamente codificadas, para conseguir tal<br />

intento. É realmente impressionante. O homem, contudo, tem uma<br />

peculiaridade mais desenvolvida que as demais espécies: a cultura.<br />

A cultura, inicialmente um fator que auxiliou a sobrevivência da<br />

espécie, mas que é relativamente nova em termos evolutivos, pode,<br />

à vezes, ir contra este propósito genético natural de perpetuação<br />

genética. Quando isto acontece, poderá haver sofrimento, pois<br />

dependendo da cultura adotada, isto é, da crença, ela poderá agir<br />

contra todos os instintos - no sentido amplo do termo de um<br />

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