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Genismo - Stoa

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Uma das conseqüências nefastas de não sabermos quem de fato<br />

somos nós, é tomarmos decisões erradas, acarretando sofrimento e<br />

infelicidade para nós mesmos e nosso grupo social. O genismo pode<br />

também ser utilizado para conscientizar as pessoas sobre o que elas<br />

são e como isso poderia ser usado para resolver conflitos diversos,<br />

mesmo para pessoas não genistas: é a “Terapia Psicogênica”, que<br />

abordaremos em nosso próximo capítulo.<br />

V.6-A Terapia Psicogênica<br />

Embora uma parte considerável de nossa felicidade seja de origem<br />

genética, isto é, hereditária, ainda resta uma boa parcela dela que<br />

depende das escolhas que fazemos durante as nossas vidas, e estas<br />

escolhas são influenciadas por muitos fatores. Uma importante<br />

classe de fatores, que pode determinar nossas opções de escolhas,<br />

está em nosso conjunto de crenças. Muitas destas crenças nos foram<br />

passadas ainda em nossa infância, quando nossa capacidade de<br />

julgar e criticar não eram suficientemente desenvolvidas para que<br />

pudéssemos analisá-las e, eventualmente, rejeitá-las. Deste modo,<br />

acabamos por assimilar passivamente uma grande quantidade de<br />

informações e também de valores de ordem moral que nem sempre<br />

são auto-consistentes ou mesmo compatíveis com os valores que<br />

adquirimos ao longo da vida.<br />

Além disso, nossas crenças, novas ou antigas, podem entrar em<br />

conflito com nossos instintos - a palavra “Instinto” deve ser<br />

entendida como algoritmos mentais que são ativados<br />

inconscientemente e provocam reações, desejos, medos e vontades<br />

de acordo com o ambiente em que o indivíduo esteja inserido -<br />

Embora muitos de nossos instintos apresentem um alto grau de<br />

flexibilidade e consigam se moldar às mais variadas culturas<br />

existentes, eles têm suas raízes alicerçadas nos genes, por isso são<br />

também chamados de regras epigenéticas. Este grau de flexibilidade<br />

nem sempre é suficiente para se ajustarem ao nosso conjunto de<br />

crenças. Desta forma, algumas de nossas crenças podem entrar em<br />

atrito constante com nossas regras epigenéticas.<br />

Sempre que ocorre algum tipo de conflito entre instintos e crença,<br />

também chamados de conflitos ‘meme-gene', surge algum tipo de<br />

sofrimento. Estes conflitos são travados internamente, no âmbito do<br />

cérebro, numa espécie de batalha pelo controle de nosso arbítrio.<br />

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