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Genismo - Stoa

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descartada uma vez que somente ela não explicaria a grande<br />

quantidade de indivíduos que, apesar de enorme esforço para mudar<br />

de ‘opção sexual' em virtude de pressão familiar, religiosa e social,<br />

adotando um comportamento sexual dentro do padrão, fracassaram<br />

flagrantemente. Segue então que o homossexualismo deve ter<br />

também um componente genético que independe de uma escolha<br />

consciente. Como a maioria dos instintos, provavelmente, a<br />

homossexualidade deve ser causada por vários genes, o que<br />

permitiria uma grande gama de graus de homossexualismo.<br />

Além disso, pesquisas recentes mostram que cerca de 10% da<br />

população é homossexual. Este é um número muito grande em<br />

termos estatísticos, principalmente se pensássemos que este traço<br />

significaria o fim da linha genética de seus portadores e, portanto,<br />

uma característica aparentemente prejudicial à perpetuação<br />

genética.<br />

O fato de existir uma quantidade relativamente grande de<br />

homossexuais na população nos impede de lançarmos mão do<br />

“argumento mutagênico”. Sabemos que existem mutações genéticas<br />

deletérias, aquelas que causam a morte de seu portador. Mas estas<br />

mutações são muito raras, uma vez que levam à morte seu portador<br />

juntamente com seus genes. Por isso, o paradoxo homossexual<br />

sempre foi um problema espinhoso para os evolucionistas.<br />

Contudo, se estudarmos a teoria evolucionista mais atentamente,<br />

verificaremos que o que está em jogo não é a vida dos portadores<br />

dos genes e sim os próprios genes. Se o paradigma da vida fosse a<br />

sobrevivência individual, então uma mãe não arriscaria a própria<br />

vida para salvar a de seus filhos. O louva-deus não daria a vida por<br />

uma cópula bem-sucedida, e assim por diante. Ou seja, na natureza,<br />

o que está realmente em jogo é a perpetuação genética. Os genes<br />

são os verdadeiros protagonistas do jogo da vida, e essa é a chave<br />

para resolver este dilema.<br />

Entretanto, pode-se argumentar que a pressão social contra este<br />

comportamento, na forma de preconceito anti-homossexual, poderia<br />

inviabilizar qualquer pretenso benefício genético. De fato, o<br />

argumento seria válido se o preconceito existisse há muitos<br />

milhares de anos, tempo suficiente para modelar os genes humanos.<br />

Mas o preconceito contra os homossexuais só se tornou forte com o<br />

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