19.04.2013 Views

Genismo - Stoa

Genismo - Stoa

Genismo - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A primeira forma, a mais prática, seria modelando uma função de<br />

várias variáveis onde cada variável da função corresponderia a um<br />

sentimento. A função retornaria qual dos sentimentos foi escolhido<br />

para ser saciado através de uma análise estatística dos dados obtidos<br />

de um grupo de pessoas que, por meio de eletrodos, teriam seus<br />

sinais cerebrais monitorados à distância. Com estes dados<br />

poderíamos obter os parâmetros da nossa função e, com ela,<br />

poderíamos avaliar a hierarquia dos sentimentos em função dos<br />

outros.<br />

A segunda forma seria modelar um cérebro médio “padrão”, que<br />

funcionaria como um cérebro virtual a partir do qual poder-se-ia<br />

simular as áreas cerebrais ativadas (em equivalência ao que uma<br />

pessoa estaria sentindo), e então avaliar, segundo esta simulação,<br />

qual a resposta que esta rede neural virtual daria a estes estímulos.<br />

Esta opção envolveria uma tecnologia avançada que, em nossa<br />

época atual, dificilmente poderia ser conseguida.<br />

A terceira forma, a mais elegante e sutil, e que estudaremos em<br />

maior profundidade neste livro, poderá ser elaborada se utilizarmos<br />

a teoria da evolução. A moderna teoria da evolução - o<br />

neodarwinismo - é utilizada pela biologia evolucionista e está<br />

centrada nos genes; em como os organismos evoluem e se adaptam<br />

para preservar seus genes. O cérebro de todos os animais,<br />

particularmente dos mamíferos, também é fruto de uma adaptação<br />

evolutiva. O cérebro foi evolutivamente moldado para resolver<br />

problemas de “perpetuação genética” (maximização da<br />

sobrevivência dos genes em longo prazo). Podemos concluir que os<br />

sentimentos foram evoluídos no sentido de que, quando fossem<br />

satisfeitos, gerassem maiores benefícios aos genes do seu portador.<br />

Assim, o prazer, de modo geral obtido pela satisfação dos<br />

sentimentos, induziria o organismo a preservar sua vida e/ou seus<br />

genes. O sofrimento e a dor fariam o papel inverso: induziria o<br />

organismo a evitá-los, pois indicariam um perigo à sua vida e/ou a<br />

seus genes.<br />

Resumidamente: a busca pelo prazer e a fuga da dor está<br />

diretamente relacionada a atitudes gene-perpetuativas. Se a<br />

felicidade é a soma dos “prazeres” do organismo, então os<br />

organismos também buscam, instintivamente, maximizar sua<br />

151

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!