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Genismo - Stoa

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azão, devemos apesar de tudo esquecer nosso próprio extermínio e<br />

apostar na sobrevivência da vida.<br />

Uma maneira de considerar a influência da inteligência na<br />

comparação de felicidade entre espécies seria considerar a soma de<br />

todos os neurônios do cérebro no computo da felicidade, e não<br />

apenas aqueles responsáveis pelos sentimentos. Pois a massa<br />

neuronal, quando não participa do sentimento, deve participar de<br />

mecanismos outros de auxílio à solução de problemas geneperpetuativos.<br />

Dessa forma, entrando com o número total de<br />

neurônios como fator multiplicativo na função sentimento, sua<br />

contagem estaria automaticamente incorporada.<br />

Entre os seres da mesma espécie, também deveríamos considerar o<br />

efeito da inteligência em termos de longo prazo em relação aos<br />

benefícios à felicidade que pessoas mais inteligentes podem fazer.<br />

Se um “Darwin” ou um “Newton” podem contribuir para a<br />

felicidade, e até mesmo para a salvação do planeta, muito mais que<br />

um simples operário ou um criminoso, eles deveriam também ser<br />

mais valiosos à sociedade e ter mais direitos, inclusive direito à<br />

vida. Não seria justo, por exemplo, em termos de felicidade, que<br />

deixássemos um gênio do quilate de Darwin morrer por falta de um<br />

órgão para transplante apenas porque existe uma pessoa na sua<br />

frente na fila de órgãos. Salvar a vida de alguém que contribui<br />

grandemente para a felicidade da humanidade deveria ser prioritário<br />

em relação às pessoas “comuns”, cuja participação na felicidade<br />

total seja menor. Será que alguém discordaria disso?<br />

6.4-A MEC e a Justiça<br />

O objetivo da MEC é fazer uma normatização científica, não apenas<br />

da ética e da moral, mas também de todas as áreas do conhecimento<br />

que se relacionam a elas, como a justiça, o direito e a política.<br />

Podemos, apenas com os conceitos aqui expostos (como veremos<br />

no próximo tópico), e sem entrarmos em detalhes de cálculos<br />

complexos, resolvermos muitos problemas éticos complicados que,<br />

sem uma base ética objetiva, ficam completamente a mercê de<br />

ideologias religiosas ou dos critérios pessoais de valores de seus<br />

julgadores. Costumo dizer que “A MEC estará para a justiça e o<br />

direito assim como as leis de Newton estiveram para a mecânica<br />

clássica, da Física”.<br />

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