19.04.2013 Views

Genismo - Stoa

Genismo - Stoa

Genismo - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

mesmo quando ocorre um evento ruim, então você também é um<br />

pequeno guardião, talvez até inconsciente, já que estaria<br />

contribuindo para manter a crença no inexistente [2] e, portanto,<br />

ajudando a manter este importante tentáculo do sistema.<br />

<strong>Genismo</strong><br />

Para os seguidores do <strong>Genismo</strong> [3], “Nós somos nossos genes”. Isso<br />

significa que nossa essência não está em nosso corpo, e nem mesmo<br />

em nossa consciência, e sim no nosso conjunto de genes.<br />

Entretanto, diferentemente de um “eu - consciência”, o “eu - gene”<br />

não reside apenas em nosso corpo, e isso faz toda a diferença do<br />

mundo. Nossos genes estão também em nosso corpo, mas não<br />

apenas nele, estão distribuídos também em grande proporção em<br />

nossos filhos, depois, em taxa decrescente, em nossos parentes, em<br />

nossa espécie, depois em nosso gênero, família, ordem, classe, filo e<br />

reino. Assim, temos genes compartilhados, em maior ou menor<br />

proporção, em todos os seres vivos do planeta.<br />

Por esta visão do que somos, cada organismo vivo possui um pouco<br />

de nós e, claro, somos também uma parte do que eles são. Isso<br />

acontece pela simples razão científica de que todos os seres vivos<br />

são descendentes de um primeiro ancestral comum: uma molécula<br />

replicante, talvez algo próximo a um pequeno segmento de RNA,<br />

que flutuava ao léu no chamado ‘caldo primordial’ da Terra, há<br />

cerca de três ou quatro bilhões de anos.<br />

Como somos todos descendentes desta molécula replicante, todos<br />

compartilhamos uma mesma origem e os mesmos ingredientes<br />

básicos que formaram a vida. Assim, quanto mais próximos<br />

estivermos na árvore evolutiva, mais semelhantes e mais empáticos<br />

seremos. Por esta razão, seremos mais sensíveis, teremos maior<br />

empatia [4], ao observarmos um mamífero, como, por exemplo, um<br />

macaco sendo pescado ao morder um alimento com um anzol, do<br />

que um peixe ou um réptil. Entretanto, nossa empatia será maior se<br />

os observarmos como organismos que compartilham parte de nós<br />

mesmos do que como um outro organismo, totalmente distinto do<br />

nosso, e que não tem a nossa (minha) consciência. Esse tipo de<br />

atitude em relação à outras espécies pode ser tanto mais radical e<br />

egoísta quanto mais o “eu - consciência” dominar a mente humana.<br />

277

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!