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Genismo - Stoa

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seja consistente, os “genes da homossexualidade” deveriam<br />

propiciar melhores condições de sobrevivência para seus iguais nos<br />

corpos de seus parentes próximos. Além disso, o ambiente deveria<br />

atuar nos genes propiciando a homossexualidade quando, por<br />

exemplo: existissem muitos irmãos; quando a família fosse<br />

numerosa ou pobre; quando a competição, a concorrência na<br />

sociedade fosse alta, gerando estresse nos pais. Ademais, filhos<br />

únicos homossexuais também deveriam ser raros. Claro que casos<br />

ocorridos durante a infância também poderiam deflagrar a<br />

homossexualidade se existisse a propensão genética, mas como isso<br />

varia muito, não poderíamos analisar todos os casos. Se as<br />

estatísticas não corroborarem estas hipóteses, então deveríamos<br />

rever nossa teoria da influência ambiental no traço homossexual.<br />

Assim, podemos facilmente resolver o aparente paradoxo<br />

homossexual: a homossexualidade estaria ligada à perpetuação<br />

genética de seus portadores de forma indireta. Este comportamento<br />

favoreceria, na forma de um autêntico mecanismo darwiniano, seus<br />

parentes próximos: o homossexual, por não ter uma família<br />

tradicional, com mulheres e filhos, tem um potencial muito maior,<br />

em termos de tempo e de recursos, para o auto-desenvolvimento,<br />

para o aperfeiçoamento profissional e/ou cultural. Além disso, teria<br />

muito mais tempo para estabelecer alianças ou vínculos de<br />

amizades. Tudo isso pode facilitar sua ascensão sócio-econômica,<br />

de poder ou política que, fatalmente, refletir-se-á em benefícios<br />

diretos ou indiretos a seus parentes, que têm alto compartilhamento<br />

genético, como sobrinhos, irmãos e tios.<br />

Concluindo, a “função” dos homossexuais, sob o ponto de vista<br />

genista, seria criar um batalhador, uma espécie de ‘guerreiro social',<br />

que abriria caminho na competitiva sociedade humana para que<br />

seus parentes de sangue tivessem uma chance maior de perpetuar<br />

seus próprios genes. Portanto, a modulação dos “genes<br />

homossexuais” pelo ambiente, uterino ou não, favoreceria estes<br />

genes de forma indireta conhecida na literatura da biologia<br />

evolucionista como “altruísmo parental”. Quem sabe se na<br />

sociedade dos cupins, abelhas e formigas, suas operárias e os seus<br />

guardiões também não passaram por um estágio homossexual antes<br />

de, finalmente, tornarem-se estéreis?<br />

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