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Genismo - Stoa

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hipótese desnecessária “D0” for verificada. Mas como, por<br />

definição, “D0” é uma hipótese desnecessária, a teoria T2 poderá<br />

dar um resultado falso quando deveria dar um resultado verdadeiro,<br />

pois depende do valor da hipótese desnecessária “D0”.<br />

Provamos assim que hipóteses desnecessárias fazem com que uma<br />

teoria que poderia ser correta torne-se falsa. Dessa forma, podemos<br />

afirmar que teorias que respeitam a “navalha de Ocam” têm<br />

maior probabilidade de serem verdadeiras do que aquelas que<br />

não satisfazem à navalha.<br />

Outro exemplo: suponha que T1 seja uma teoria que diz que um<br />

automóvel, para andar, precisa de combustível e motorista. E a<br />

teoria rival, T2, diz que um carro, para andar, precisa de<br />

combustível, de um motorista e, além disso, da hipótese D0=”O<br />

motorista precisa rezar o ‘pai-nosso’ ”. T2 torna-se falsa, pois a<br />

última hipótese, D0, é obviamente desnecessária.<br />

O Ônus da Prova<br />

O “Ônus da Prova” é um termo designado para estabelecer quem,<br />

numa contenda ou disputa, deve provar suas alegações. Devemos<br />

estabelecer que o “Ônus da prova” deve ser responsabilidade de<br />

quem contrariar a “Navalha de Ocam”.<br />

A “Navalha de Ocam” e as Religiões<br />

A “Navalha de Ocam” costuma ser fortemente combatida pela<br />

maioria dos teístas e crentes em geral, pois ela é um critério que<br />

bate fortemente contra a idéia de um Deus todo poderoso e criador<br />

do universo. Se não, vejamos: suponha que seja necessário um ser<br />

que tenha poder de criar o nosso universo. Então, pela “Navalha de<br />

Ocam”, é desnecessário que este ser tenha de ter poder infinito! Ele<br />

precisa apenas ter o poder de criar o universo, nada mais que isso. É<br />

também desnecessário que este ser seja onisciente, pois não se<br />

precisa saber tudo para se criar um universo, mas apenas ter o<br />

conhecimento suficiente para tal empreitada. E muito menos<br />

necessário que este ser tenha de ser bom.<br />

Outro “prato cheio” para a navalha, proveniente do catolicismo,<br />

consiste em confrontar a teoria T1: “Um indivíduo ressuscitou da<br />

morte e subiu aos céus sem foguetes” com a teoria rival T2:<br />

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