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Genismo - Stoa

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atualmente (a possibilidade de escolhermos quantos filhos teremos)<br />

– a maior riqueza que ainda temos, e que praticamente ninguém<br />

percebeu -, infelizmente, está com os dias contados.<br />

Neste caso, a pergunta importante é: como fazê-lo?<br />

A resposta a esta pergunta é muito importante, pois a política<br />

adotada vai definir não só o ritmo, mas também a direção que a<br />

evolução humana pode tomar.<br />

A meta de uma política de controle de natalidade é impedir que a<br />

taxa de natalidade ultrapasse um determinado valor. Cálculos<br />

teóricos estimam que a taxa média de natalidade de reposição, isto<br />

é, a taxa que manteria a população estável, é de 2,1 filhos por casal.<br />

Menos que isso, a população tenderia a diminuir, e mais do que<br />

isso, a aumentar. A meu ver, o principal dilema ético de uma<br />

política de controle de natalidade pode ser feito em uma pergunta:<br />

Todos deveriam ter o mesmo direito de procriar e de ter o mesmo<br />

número de filhos?<br />

Vamos supor que continue havendo um certo grau de capitalismo na<br />

sociedade. Então, seria justo, uma família abaixo da linha de<br />

pobreza, como muitas que já existem hoje, tenham seus dois filhos -<br />

número máximo permitido pelo estado - em um alto grau de<br />

penúria, fome e todo tipo de privação, enquanto uma outra família,<br />

por exemplo, mais abastada, poderia oferecer muito mais a uma<br />

nova vida? Por outro lado, também não seria injusto que,<br />

simplesmente por serem pobres, não tivessem direito a ter também<br />

seus filhos que lhes traria felicidade e alegria? Como poderíamos<br />

resolver estas situações éticas complexas de modo que houvesse<br />

flexibilidade e liberdade sem, contudo, pôr em risco a política de<br />

restrição da natalidade?<br />

Minha proposta para o controle de natalidade futuro é o “Vale-<br />

Meio-Filho” (VMF). O "Vale Meio Filho" seria um direito, para<br />

cada pessoa que nascesse, poder ter dois filhos. Assim, cada pessoa<br />

que nascesse ganharia de seus pais, junto com sua certidão de<br />

nascimento, duas certidões de permissão de filhos (as mesmas que<br />

seus pais utilizaram para conceber), dois "VMF". O VMF seria,<br />

basicamente, um número controlado pelo Estado da mesma forma<br />

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