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Genismo - Stoa

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advento das religiões “modernas” como cristianismo e o islamismo,<br />

antes dele, como na Grécia antiga, por exemplo, ele era não apenas<br />

tolerado como incentivado. Atualmente, o poder religioso,<br />

principalmente nas modernas sociedades ocidentais, tem declinado<br />

bastante, permitindo que o estigma homossexual deixe de ser visto<br />

como algo pecaminoso ou associado a algum comportamento<br />

imoral, permitindo, como veremos a seguir, que as vantagens<br />

genéticas do traço possam suplantar o preconceito.<br />

Como todo fenótipo, a homossexualidade também deve ser produto<br />

da interação entre genes e ambiente. Podemos então imaginar de<br />

que forma o ambiente sinalizaria aos “genes homossexuais” que<br />

deveriam agir e produzir a característica homossexual. Existem<br />

algumas teorias, baseadas em estatísticas recentes, que tentam<br />

explicar a vantagem da homossexualidade do ponto de vista<br />

evolutivo. Uma delas diz que os mesmos genes que causam a<br />

homossexualidade masculina são responsáveis por uma maior<br />

fecundidade dos parentes mulheres[1], isso poderia favorecer a sua<br />

disseminação e também explicar o paradoxo. Mas esta teoria não<br />

mostra, a nível quantitativo, que a transferência da fecundidade dos<br />

homens para as mulheres valha a pena. Outra teoria diz que os<br />

“genes homossexuais” poderiam ser ‘ligados' ainda no útero<br />

materno: se a mãe tivesse tido muitos filhos homens, a natureza<br />

propiciaria que o próximo, se fosse homem, tivesse uma<br />

probabilidade maior de ser homossexual que os anteriores, ou seja,<br />

os hormônios maternos fariam com que os genes latentes da<br />

homossexualidade fossem ativados no estágio fetal.<br />

Se o traço homossexual não for causado por um único gene<br />

dominante, isto é se o gene for recessivo ou a homossexualidade for<br />

promovida por vários genes, então o paradoxo também pode ser<br />

explicado se aplicarmos uma variação da teoria do “Altruísmo<br />

Parental”. É isso que o genismo acha o mais provável.<br />

Em alguns casos, dependendo do contexto ou do ambiente, é<br />

vantajoso para o gene que seu portador –o indivíduo- seja<br />

prejudicado em favor dos genes que estão nos seus parentes<br />

próximos (como uma mãe faz por seus filhos). Isso faz sentido se<br />

pensarmos que o homossexual não se casa, e, permanecendo na casa<br />

materna, poderia, por exemplo, ajudar a família, cuidar de seus<br />

futuros irmãos e sobrinhos. De qualquer modo, para que a teoria<br />

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