PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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O material termoluminescente funciona como um integrador, no qual o<br />
número <strong>de</strong> elétrons e buracos aprisionados é uma medida do número <strong>de</strong><br />
pares elétron-buraco formados em <strong>de</strong>corrência do período <strong>de</strong> exposição do<br />
cristal à radiação.<br />
4.2.5 Formação da Imagem<br />
Emulsões fotográficas vêm sendo amplamente empregadas, por mais <strong>de</strong> um<br />
século, para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> radiação e são constituídas <strong>de</strong> uma emulsão <strong>de</strong><br />
grãos <strong>de</strong> haletos <strong>de</strong> prata, em sua maioria brometo <strong>de</strong> prata, dispersos em<br />
uma matriz <strong>de</strong> gelatina, emulsão essa colocada na superfície <strong>de</strong> uma<br />
película <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> celulose ou mesmo na <strong>de</strong> uma placa <strong>de</strong> vidro.<br />
A ação da radiação ionizante na emulsão é semelhante à da luz visível, ou<br />
seja, alguns íons <strong>de</strong> prata são “sensibilizados” pela interação da radiação<br />
com elétrons das moléculas <strong>de</strong> seus haletos, transformando-se em prata<br />
metálica, que permanece nesse estado in<strong>de</strong>finidamente, armazenando uma<br />
imagem latente da trajetória da partícula ionizante através da emulsão. No<br />
processo subseqüente <strong>de</strong> revelação, os grãos sensibilizados se tornam<br />
visíveis e são fixados por meio <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> ácido acético diluído,<br />
que interrompe o processo <strong>de</strong> revelação, e <strong>de</strong> tiosulfato <strong>de</strong> sódio, que<br />
remove os grãos não revelados <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata, ou seja aqueles que não<br />
interagiram com a radiação. Posteriormente, o filme é lavado com água,<br />
para remoção da solução fixadora, e seco.<br />
As aplicações <strong>de</strong> emulsões fotográficas para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> radiação po<strong>de</strong>m<br />
ser convenientemente divididas em duas categorias:<br />
• aquela em que um escurecimento geral da emulsão é registrado <strong>de</strong>vido<br />
aos efeitos cumulativos <strong>de</strong> muitas interações individuais; e<br />
• aquela em que as trajetórias <strong>de</strong> partículas isoladas são registradas<br />
individualmente, sendo visíveis sob exame microscópico.<br />
A primeira categoria inclui o amplo campo da radiografia, on<strong>de</strong> é<br />
registrada a imagem da intensida<strong>de</strong> do feixe <strong>de</strong> radiação transmitido, sendo<br />
que a composição dos filmes empregados (concentração <strong>de</strong> haletos <strong>de</strong> prata<br />
da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 40% em peso) não difere radicalmente daquela usada em<br />
filmes fotográficos convencionais.<br />
A Segunda categoria requer a utilização <strong>de</strong> emulsões nucleares, que são<br />
mais espessas e diferem em composição das emulsões fotográficas, ou seja,<br />
a concentração <strong>de</strong> haletos <strong>de</strong> prata na emulsão é aumentada, chegando, às<br />
vezes, até 80% em peso.<br />
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