PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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iniciaram o processo e, portanto, esse contador não é capaz <strong>de</strong> discriminar<br />
energias. Essa amplitu<strong>de</strong> é tão gran<strong>de</strong> que permite simplificar a eletrônica<br />
associada, eliminando o pré-amplificador.<br />
A eficiência <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong> tubos G-M, em função do efeito avalanche, é<br />
essencialmente 100%. No entanto, na prática, a eficiência efetiva <strong>de</strong><br />
contagem é <strong>de</strong>terminada pela probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que uma radiação inci<strong>de</strong>nte<br />
penetre pela janela do <strong>de</strong>tector, sem ser absorvida ou espalhada. Para<br />
partículas alfa, a espessura da janela <strong>de</strong>ve ser tão pequena quanto possível,<br />
sendo encontrado comercialmente janelas com espessuras da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
1,5 mg/cm 2 .<br />
Tubos G-M não são empregados para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> nêutrons uma vez que a<br />
seção <strong>de</strong> choque dos gases empregados é baixa para nêutrons térmicos,<br />
resultando numa eficiência <strong>de</strong> contagem inaceitável.<br />
Os <strong>de</strong>tectores Geiger-Mueller po<strong>de</strong>m ser utilizados para estimar gran<strong>de</strong>zas<br />
como dose e exposição, por meio <strong>de</strong> artifícios <strong>de</strong> instrumentação e<br />
metrologia. A escala <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong> pulsos é normalmente<br />
calibrada em termos <strong>de</strong> taxa d exposição, para uma energia <strong>de</strong>terminada<br />
(por exemplo, a do Co-60). Sendo assim, no caso <strong>de</strong> outras energias, as<br />
leituras po<strong>de</strong>m apresentar erros que variam <strong>de</strong> alguns décimos até fatores<br />
<strong>de</strong> 2 ou 3 vezes em relação ao valor real.<br />
4.3.2 Detectores à Cintilação<br />
O emprego <strong>de</strong> materiais cintiladores para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> radiação vem sendo<br />
feito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século XX, por ocasião <strong>de</strong> experiências realizadas<br />
por Rutherford sobre a estrutura da matéria, empregando partículas α e<br />
anteparo <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong> zinco. O processo <strong>de</strong> cintilação é, ainda hoje, uma<br />
po<strong>de</strong>rosa ferramenta para <strong>de</strong>tecção e espectroscopia <strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong><br />
emissores <strong>de</strong> radiação.<br />
Cintiladores Orgânicos<br />
O processo <strong>de</strong> fluorescência em material orgânico surge <strong>de</strong> transições na<br />
estrutura do nível energético <strong>de</strong> uma molécula isolada e, portanto, po<strong>de</strong> ser<br />
observado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> seu estado físico. Assim, por exemplo, o<br />
antraceno apresenta fluorescência enquanto material sólido policristalino<br />
ou vapor ou, ainda, quando em solução com outros componentes.<br />
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