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Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

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8 MATERIAIS RADIOATIVOS E O INCÊNDIO<br />

Ana Maria Xavier e Elena Gaidano<br />

8.1 INTRODUÇÃO<br />

A radioativida<strong>de</strong>, em si, não po<strong>de</strong> provocar incêndios, nem po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>struída ou modificada pelo fogo. Este último, no entanto, po<strong>de</strong> mudar o<br />

estado <strong>de</strong> uma substância radioativa e torná-la mais perigosa, em virtu<strong>de</strong> da<br />

ameaça <strong>de</strong> dispersão sob forma <strong>de</strong> gases, aerossóis, fumaças ou cinzas.<br />

Detectores <strong>de</strong> fumaça contendo amerício-241 são exemplos típicos <strong>de</strong><br />

dispositivos projetados especialmente para serem usados, como agentes <strong>de</strong><br />

prevenção, em locais on<strong>de</strong> existe um risco potencial <strong>de</strong> incêndio. No<br />

entanto, apesar da pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material radioativo presente em<br />

cada <strong>de</strong>tector, <strong>de</strong>ve ser feito um esforço no sentido <strong>de</strong> localizá-los e<br />

resgatá-los dos escombros, caso o incêndio tenha ocorrido <strong>de</strong> fato.<br />

Por outro lado, o fogo po<strong>de</strong>, ainda, gerar perturbações na estrutura <strong>de</strong><br />

armazenamento dos materiais físseis, alterando a forma inicial, por<br />

exemplo, ou na estrutura <strong>de</strong> dispositivos especialmente projetados para<br />

tratar ou utilizar esses materiais. Essas perturbações po<strong>de</strong>m acarretar uma<br />

reação nuclear em ca<strong>de</strong>ia, provocando, em <strong>de</strong>corrência, um aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

criticalida<strong>de</strong>.<br />

Assim sendo, é importante ter uma idéia exata das formas sob as quais os<br />

radionuclí<strong>de</strong>os costumam geralmente se encontrar, <strong>de</strong> acordo com sua<br />

utilização, e avaliar o seu provável comportamento durante um incêndio.<br />

Torna-se necessário, também, ressaltar o fato <strong>de</strong> que não há diferença, a<br />

olho nu, entre um elemento inativo e um mesmo elemento ativado, ou seja,<br />

radioativo, po<strong>de</strong>ndo ambos ter uma aparência inofensiva.<br />

8.2 RADIONUCLÍDEOS PRESENTES EM INSTALAÇÕES<br />

NUCLEARES E RADIATIVAS<br />

De modo a <strong>de</strong>finir, mais facilmente, os riscos que representam, os<br />

radionuclí<strong>de</strong>os po<strong>de</strong>m ser situados em duas gran<strong>de</strong>s categorias: (i) aqueles<br />

sob forma <strong>de</strong> fontes seladas ou não seladas, empregadas em medicina,<br />

indústria e pesquisa e (ii) os presentes em instalações nucleares <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte como indústrias <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong> minérios nucleares, unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> enriquecimento isotópico, fábrica <strong>de</strong> elementos combustíveis, reatores<br />

nucleares <strong>de</strong> potência ou usinas <strong>de</strong> reprocessamento <strong>de</strong> elementos<br />

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