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Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

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Soluções orgânicas líquidas vêm sendo muito empregadas para <strong>de</strong>tectar<br />

radiação em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, sendo um <strong>de</strong>tector <strong>de</strong> cintilação líquida<br />

composto <strong>de</strong> duas partes básicas:<br />

• um vidro com a amostra radioativa e o <strong>de</strong>tector; e<br />

• um tubo fotomultiplicador e o sistema eletrônico que lhe é associado.<br />

O <strong>de</strong>tector “vial” (vidro com amostra radioativa e <strong>de</strong>tector) consiste <strong>de</strong> uma<br />

amostra radioativa misturada a um líquido cintilador, dissolvido em<br />

solvente comum, visando formar uma solução tão incolor quanto possível.<br />

As moléculas cintiladoras atuam como <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> radiação. A mistura<br />

homogênea da amostra radioativa com o <strong>de</strong>tector apresenta duas gran<strong>de</strong>s<br />

vantagens:<br />

• uma vez que toda a amostra radioativa está completamente envolvida<br />

pelas moléculas cintiladoras, a eficiência geométrica do processo chega<br />

próximo a 100% (4π);<br />

• a ausência <strong>de</strong> barreiras entre a fonte <strong>de</strong> radiação e a solução <strong>de</strong>tectora<br />

cintiladora, salvo algumas impurezas, reduz a perda <strong>de</strong> partículas ß.<br />

A interação das partículas, ß tanto com a solução cintiladora quanto com as<br />

moléculas do solvente, resulta em perda <strong>de</strong> energia, convertida em luz pelas<br />

moléculas cintiladoras. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz produzida é diretamente<br />

proporcional à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia perdida. Uma vez que as partículas ß<br />

têm curto alcance em meios líquidos e per<strong>de</strong>m toda sua energia na solução,<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz produzida é proporcional à energia <strong>de</strong>ssas partículas.<br />

O <strong>de</strong>tector <strong>de</strong> tipo “vial” e o tubo fotomultiplicador são colocados em<br />

compartimento vedado à luz, para evitar a presença <strong>de</strong> luz espúria. Arranjos<br />

mo<strong>de</strong>rnos possuem dois ou mais tubos fotomultiplicadores, melhorando a<br />

eficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção.<br />

O principal problema no uso <strong>de</strong> um <strong>de</strong>tector líquido <strong>de</strong> cintilação é a<br />

preparação a<strong>de</strong>quada da amostra “vial” <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção. Isso requer uma<br />

cuidadosa seleção do cintilador, bem como do solvente.<br />

Um bom cintilador <strong>de</strong>ve ter alta eficiência <strong>de</strong> conversão à luz, ser<br />

suficientemente solúvel no solvente escolhido e ser quimicamente estável<br />

em diversas condições ambientais (temperatura, umida<strong>de</strong> e luminescência).<br />

Entre os cintiladores primários comumente utilizados em cintilação líquida,<br />

gozam <strong>de</strong> maior popularida<strong>de</strong>:<br />

• PPO - 2,5-diphenilloxazole;<br />

• BBOT - p,terphenil e 2,5-bis-2(5-t-butylbenzoxazolyl)-thiophene.<br />

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