PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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Normalmente, uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro agente químico,<br />
conhecido como cintilador secundário, é adicionada ao cintilador primário<br />
da solução. O propósito do cintilador secundário é absorver os fótons <strong>de</strong> luz<br />
emitidos pelo cintilador primário em regiões <strong>de</strong> menores comprimentos <strong>de</strong><br />
onda (ultravioleta) e reemití-los em comprimentos <strong>de</strong> onda maiores (azul,<br />
ver<strong>de</strong> ou amarelo), po<strong>de</strong>ndo, então, ser mais eficientemente <strong>de</strong>tectados pelo<br />
tubo fotomultiplicador. O composto 1,4 bis-2(5phenyloxazolyl)-benzeno<br />
(mais conhecido como POPOP) é largamente utilizado como cintilador<br />
secundário.<br />
A escolha do solvente é ditada, basicamente, pelos seguintes requisitos:<br />
1. a energia <strong>de</strong>positada no solvente <strong>de</strong>ve ser eficientemente transferida às<br />
moléculas cintiladoras;<br />
2. o solvente <strong>de</strong>ve ser transparente à luz produzida pelo cintilador; e<br />
3. o solvente <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> dissolver uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> compostos e<br />
ser útil para uma ampla faixa <strong>de</strong> temperatura.<br />
Os solventes tolueno, xileno e dioxano preenchem os requisitos acima e<br />
são, por isto, amplamente empregados.<br />
Os cintiladores plásticos são obtidos quando um cintilador orgânico é<br />
dissolvido em um monômero que, em seguida, é polimerizado, obtendo-se<br />
o equivalente a uma solução sólida. Um exemplo comum é um solvente<br />
consistindo <strong>de</strong> estireno, no qual uma substância cintiladora é dissolvida e a<br />
solução é posteriormente polimerizada para formar o poliestireno. Dada a<br />
facilida<strong>de</strong> com que po<strong>de</strong>m ser moldados, plásticos se tornaram uma forma<br />
muito útil <strong>de</strong> cintiladores orgânicos.<br />
Cintiladores Inorgânicos<br />
O mecanismo <strong>de</strong> cintilação em materiais inorgânicos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos estados<br />
energéticos <strong>de</strong>terminados por sua estrutura cristalina. Assim, em materiais<br />
semicondutores, elétrons possuem disponíveis apenas algumas bandas<br />
discretas <strong>de</strong> energia. A banda inferior, chamada banda <strong>de</strong> valência,<br />
representa os elétrons mais ligados à re<strong>de</strong> cristalina e a banda superior,<br />
chamada banda <strong>de</strong> condução, representa os elétrons que têm energia<br />
suficiente para migrar através do cristal. Existe uma banda intermediária <strong>de</strong><br />
energia, chamada banda proibida, na qual elétrons jamais são encontrados<br />
em cristais puros. A largura da banda proibida é o que caracteriza os<br />
materiais isolantes (bandas gran<strong>de</strong>s, > 5 eV), os semi-condutores (da or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> 1 eV) e os condutores (bandas pequenas). A absorção <strong>de</strong> energia po<strong>de</strong><br />
resultar na elevação <strong>de</strong> um elétron <strong>de</strong> sua posição normal <strong>de</strong> valência,<br />
através do intervalo entre bandas, para a banda <strong>de</strong> condução, <strong>de</strong>ixando um<br />
buraco no local da banda <strong>de</strong> valência anteriormente ocupado. No cristal<br />
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