PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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8.4.4 Detecção <strong>de</strong> um Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Criticalida<strong>de</strong><br />
Dentro <strong>de</strong> um recipiente transparente que contivesse uma solução ou<br />
partículas metálicas dispersas em água, o aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criticalida<strong>de</strong> se<br />
tornaria visível graças ao brilho azul que se <strong>de</strong>ve ao efeito Cerenkov (Em<br />
1934, Cerenkov observou que feixes <strong>de</strong> elétrons rápidos, como partículas<br />
beta oriundas <strong>de</strong> substâncias radioativas, quando se movem em um meio<br />
transparente, emitem radiação visível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a velocida<strong>de</strong> dos elétrons<br />
seja superior à velocida<strong>de</strong> da luz naquele meio).<br />
Como os recipientes são geralmente opacos, é preciso dispor <strong>de</strong> aparelhos<br />
que <strong>de</strong>tectem a radiação emitida quando <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte. Existem<br />
aparelhos específicos, chamados <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> criticalida<strong>de</strong>, que disparam<br />
um alarme, impondo a evacuação imediata do local do aci<strong>de</strong>nte. Como a<br />
dose absorvida é inversamente proporcional ao quadrado da distância da<br />
fonte, a rapi<strong>de</strong>z da fuga é um elemento <strong>de</strong> importância vital. Os trajetos<br />
previstos para a evacuação do pessoal <strong>de</strong>verão estar sempre <strong>de</strong>sobstruídos e<br />
ser providos <strong>de</strong> proteção efetiva.<br />
Depois do aci<strong>de</strong>nte, é necessário tomar medidas extremamente pru<strong>de</strong>ntes<br />
para entrar na área <strong>de</strong> risco, sendo que os <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> criticalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem<br />
ser mantidos, tanto quanto possível, em estado <strong>de</strong> funcionamento. Além<br />
disso, é importante avaliar as causas do aci<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> modo a não correr o<br />
risco <strong>de</strong> produzir, por meio <strong>de</strong> uma intervenção <strong>de</strong>sastrada, uma nova<br />
excursão <strong>de</strong> potência.<br />
8.4.5 Regras Práticas <strong>de</strong> Segurança<br />
A maioria dos raros aci<strong>de</strong>ntes que ocorreram no mundo não se <strong>de</strong>u durante<br />
o funcionamento normal das instalações. Suce<strong>de</strong>ram após operações <strong>de</strong><br />
limpeza ou <strong>de</strong> reparo, executadas às pressas ou, ainda, em função da<br />
alteração improvisada <strong>de</strong> procedimentos operacionais.<br />
Os ensinamentos que <strong>de</strong>les foram extraídos estabeleceram as seguintes<br />
regras <strong>de</strong> segurança, que <strong>de</strong>vem ser observadas <strong>de</strong> maneira rigorosa.<br />
Assim, as operações <strong>de</strong> rotina <strong>de</strong>vem ser realizadas levando-se em conta os<br />
mínimos <strong>de</strong>talhes das instruções <strong>de</strong> operação e seguir a or<strong>de</strong>m prevista com<br />
o máximo rigor.<br />
Se uma operação, não prevista, tiver <strong>de</strong> ser efetuada, como por exemplo,<br />
um reparo <strong>de</strong> caráter excepcional, esta <strong>de</strong>ve obrigatoriamente, antes <strong>de</strong> seu<br />
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