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Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

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entanto, estudos <strong>de</strong>sses efeitos benéficos da radiação, conhecidos por<br />

‘hormesis’, ainda não são consi<strong>de</strong>rados conclusivos, face às dificulda<strong>de</strong>s<br />

estatísticas associadas a baixas doses <strong>de</strong> radiação. Assim, sob o ponto <strong>de</strong><br />

vista <strong>de</strong> proteção radiológica, consi<strong>de</strong>ra-se, por prudência, que qualquer<br />

dose <strong>de</strong> radiação está associada a uma probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong><br />

efeitos nocivos à saú<strong>de</strong>, não importando quão baixa seja essa dose.<br />

2.2 MECANISMOS DE INTERAÇÃO DAS RADIAÇÕES COM O<br />

TECIDO<br />

2.2.1 Transferência Linear <strong>de</strong> Energia<br />

Quando células em uma cultura são expostas à radiação ionizante, po<strong>de</strong> ser<br />

mostrado, para a maioria dos efeitos observados, que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

energia absorvida pela célula é, claramente, uma variável muito importante.<br />

Outro fator bastante relevante, sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> efeitos biológicos, é<br />

a ‘qualida<strong>de</strong>’ da radiação, sendo que efeitos maiores serão produzidos em<br />

áreas <strong>de</strong> ionização mais freqüente. A incidência <strong>de</strong> radiação ionizante<br />

<strong>de</strong>nsa dará lugar a uma ionização do meio mais intensa do que a <strong>de</strong><br />

radiação ionizante esparsa.<br />

Uma vez que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ionização é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da energia liberada<br />

no meio, então, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> radiação po<strong>de</strong> ser<br />

comparada tomando por base a energia média liberada por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comprimento ao longo do caminho percorrido no meio irradiado. Essa<br />

quantida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>nominada Transferência Linear <strong>de</strong> Energia, ou TLE da<br />

radiação, normalmente expressa em keV/µm e que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo<br />

complexo, da massa, energia e carga da radiação ionizante. Assim, por<br />

exemplo, para um valor típico <strong>de</strong> TLE para um elétron posto em<br />

movimento pela radiação do Co-60, qual seja, 0,25 keV/µm, serão<br />

liberados 250 eV <strong>de</strong> energia ao longo <strong>de</strong> uma trajetória <strong>de</strong> 1 µm <strong>de</strong><br />

comprimento.<br />

Radiações eletromagnéticas como raios X e gama, ou, ainda, partículas<br />

β,têm uma probabilida<strong>de</strong> baixa <strong>de</strong> interagir com os átomos do meio<br />

irradiado e, portanto, liberam sua energia ao longo <strong>de</strong> uma trajetória<br />

relativamente longa. Por outro lado, partículas alfa, prótons, ou mesmo<br />

nêutrons (ou seja, partículas pesadas) liberam sua energia ao longo <strong>de</strong> uma<br />

trajetória mais curta, em <strong>de</strong>corrência da maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colisão<br />

com o meio.<br />

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