22.12.2013 Views

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

até consumir toda sua energia. Em outras palavras, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que<br />

a ionização da matéria, quando atravessada por fótons, é conseqüência <strong>de</strong><br />

elétrons secundários, já que cada fóton, em princípio, produz muito pouca<br />

ou, às vezes, só uma ionização.<br />

Os principais efeitos <strong>de</strong>correntes da interação das radiações γ e X com a<br />

matéria são:<br />

Efeito Fotoelétrico, caracterizado pela transferência total <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> um<br />

fóton (radiação X ou gama), que <strong>de</strong>saparece, a um único elétron orbital, o<br />

qual é expelido com uma energia cinética bem <strong>de</strong>finida, T, qual seja:<br />

T = hν - B e<br />

on<strong>de</strong> h é a constante <strong>de</strong> Planck, ν é a freqüência da radiação e B e é a energia<br />

<strong>de</strong> ligação do elétron orbital.<br />

Como T expressa a energia do fóton, a menos <strong>de</strong> um valor constante B e , a<br />

transferência <strong>de</strong>ssa energia para o material <strong>de</strong> um <strong>de</strong>tetor po<strong>de</strong> ser utilizada<br />

como mecanismo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do fóton e respectiva energia. O fato da<br />

transferência <strong>de</strong> energia do elétron <strong>de</strong> ionização para o material produzir<br />

uma ionização secundária proporcional, faz com que a amplitu<strong>de</strong> do pulso<br />

<strong>de</strong> tensão ou intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente proveniente da coleta dos elétrons, ou<br />

íons, no final do processo expressem a energia da radiação inci<strong>de</strong>nte.<br />

A direção <strong>de</strong> saída do fotoelétron, com relação à <strong>de</strong> incidência do fóton,<br />

varia com a energia. Para altas energias (acima <strong>de</strong> 3 MeV), a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser ejetado para frente é bastante gran<strong>de</strong>. Para baixas energias (abaixo <strong>de</strong><br />

20 keV) a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair para o lado é máxima para um ângulo <strong>de</strong> 70<br />

graus.<br />

O efeito fotoelétrico é predominante para baixas energias e para elementos<br />

químicos <strong>de</strong> elevado número atômico Z, <strong>de</strong>crescendo rapidamente com o<br />

aumento <strong>de</strong> energia. No caso do chumbo, por exemplo, o efeito fotoelétrico<br />

é maior para energias menores que 0,6 MeV e, no caso do alumínio, para<br />

energias menores do que 0,06 MeV.<br />

Efeito Comptom, on<strong>de</strong> o fóton interage com um elétron periférico do<br />

átomo, mas ce<strong>de</strong> apenas parte <strong>de</strong> sua energia, resultando na emissão <strong>de</strong> um<br />

fóton com energia menor e que continua sua trajetória <strong>de</strong>ntro do material e<br />

em outra direção.<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!