PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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4.3.5 Filmes Dosimétricos<br />
Os filmes dosimétricos ou fotográficos são acondicionados em um<br />
envelope a prova <strong>de</strong> luz, <strong>de</strong> dimensões pequenas (da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3 cm por<br />
4cm).<br />
Para monitoração, normalmente são empregados dois tipos <strong>de</strong> emulsão,<br />
uma mais sensível e outra menos, <strong>de</strong> modo a ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> fótons, tanto <strong>de</strong> diferentes energias como em quantida<strong>de</strong>. O<br />
envelope é colocado em um tipo <strong>de</strong> crachá (badge), normalmente feito <strong>de</strong><br />
plástico, sendo também colocados em seu interior filtros pequenos <strong>de</strong> cobre<br />
e <strong>de</strong> chumbo, para i<strong>de</strong>ntificar a contribuição <strong>de</strong> diferentes componentes do<br />
espectro gama.<br />
A avaliação da dose acumulada durante um período <strong>de</strong> exposição é feita<br />
comparando a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ótica do filme revelado com a <strong>de</strong> um filme<br />
idêntico, porém exposto a uma dose conhecida (dose <strong>de</strong> calibração).<br />
A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ótica é uma medida da atenuação da luz transmitida pelo filme<br />
em relação à intensida<strong>de</strong> da luz inci<strong>de</strong>nte e é <strong>de</strong>terminada empregando um<br />
<strong>de</strong>nsitômetro ótico, que permite medir a opacida<strong>de</strong> ótica do filme à<br />
transmissão <strong>de</strong> luz.<br />
A utilização <strong>de</strong> filmes idênticos, para comparar a dose que se quer medir<br />
com a dose <strong>de</strong> calibração, garante que variações <strong>de</strong>vido à sensibilida<strong>de</strong> da<br />
emulsão ou ao procedimento <strong>de</strong> revelação sejam mutuamente anuladas.<br />
4.4 PROPRIEDADES GERAIS DE DETECTORES DE RADIAÇÃO<br />
A interação da radiação com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectores, tais como<br />
<strong>de</strong>tectores a gás e diodos semicondutores, tem como resultado o surgimento<br />
<strong>de</strong> uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga elétrica <strong>de</strong>ntro do volume ativo do<br />
<strong>de</strong>tector.<br />
Num mo<strong>de</strong>lo simplificado <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção, consi<strong>de</strong>ra-se que uma carga Q<br />
surge <strong>de</strong>ntro do <strong>de</strong>tector, no tempo t=0, <strong>de</strong>vido à interação <strong>de</strong> uma partícula<br />
isolada, ou quantum <strong>de</strong> radiação. Essa carga <strong>de</strong>ve ser coletada para formar<br />
um sinal elétrico básico. Para tanto, impõe-se um campo elétrico <strong>de</strong>ntro do<br />
<strong>de</strong>tector, o que causa fluxos, em sentido contrário, <strong>de</strong> cargas negativas e<br />
positivas criadas pela radiação. O tempo necessário para coletar as cargas<br />
elétricas varia bastante <strong>de</strong> <strong>de</strong>tector para <strong>de</strong>tector (tipicamente <strong>de</strong><br />
milisegundos a nanosegundos).<br />
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