PrincÃpios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen
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• manter-se a uma distância segura da fonte radioativa: quanto mais<br />
afastado da fonte radioativa, menor a exposição à radiação;<br />
• utilizar uma barreira <strong>de</strong> proteção: materiais como vidro e alumínio<br />
provêm proteção contra partículas alfa (α) e beta (β). Para a radiação<br />
gama, biombos com vários centímetros <strong>de</strong> espessura <strong>de</strong> chumbo po<strong>de</strong>m<br />
ser necessários. No campo, veículos, contêineres ou barreiras naturais<br />
como árvores, montes e rochas po<strong>de</strong>m ser usados como proteção; a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> blindagem da fonte também <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada.<br />
• limitar o tempo <strong>de</strong> exposição: quanto menor o tempo <strong>de</strong> permanência<br />
próximo a uma fonte <strong>de</strong> radiação ionizante, menor a exposição. É<br />
preciso agir rapidamente e com eficiência. O uso <strong>de</strong> turnos <strong>de</strong>ve ser<br />
consi<strong>de</strong>rado, para minimizar as exposições individuais.<br />
É importante <strong>de</strong>stacar que o perigo <strong>de</strong> irradiação externa po<strong>de</strong> assumir<br />
gran<strong>de</strong>s proporções em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criticalida<strong>de</strong>, o qual, apesar <strong>de</strong><br />
ter baixa probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência, <strong>de</strong>ve ser abordado em maior <strong>de</strong>talhe,<br />
assim como os aspectos relacionados a sua proteção.<br />
8.4 O RISCO DE ACIDENTE DE CRITICALIDADE<br />
8.4.1 Consi<strong>de</strong>rações Gerais<br />
Quando da manipulação <strong>de</strong> materiais físseis (urânio enriquecido ou<br />
plutônio, por exemplo), é indispensável se precaver contra os riscos <strong>de</strong> uma<br />
reação nuclear em ca<strong>de</strong>ia não controlada. Tal reação provoca,<br />
efetivamente, um fluxo <strong>de</strong> nêutrons e a emissão <strong>de</strong> radiação γ capazes <strong>de</strong><br />
provocar doses <strong>de</strong> radiação <strong>de</strong> até <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> Gy nas suas proximida<strong>de</strong>s (1<br />
Gy = 1J/kg). Essa possibilida<strong>de</strong>, aliada à natureza físsil dos materiais<br />
envolvidos, é chamada <strong>de</strong> “risco <strong>de</strong> criticalida<strong>de</strong>”.<br />
8.4.2 Conseqüências <strong>de</strong> um Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Criticalida<strong>de</strong><br />
Quando a criticalida<strong>de</strong> é atingida, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> um inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
operação ou <strong>de</strong> um erro <strong>de</strong> manipulação, ocorre uma emissão muito intensa<br />
<strong>de</strong> nêutrons e <strong>de</strong> raios γ, cuja duração é variável. A curva que representa a<br />
intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa emissão apresenta, geralmente, a forma <strong>de</strong> um pico,<br />
seguido <strong>de</strong> um patamar, ou <strong>de</strong> oscilações que se <strong>de</strong>vem à passagem do<br />
sistema em estado crítico para o estado subcrítico.<br />
A energia liberada provoca elevação <strong>de</strong> temperatura, que po<strong>de</strong> acarretar, no<br />
caso <strong>de</strong> uma solução, expansão térmica bem como produção <strong>de</strong> gás por<br />
radiólise e, ainda, oscilações <strong>de</strong> potência do sistema. No caso <strong>de</strong> metal,<br />
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