22.12.2013 Views

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

Princípios de Segurança e Proteção Radiológica, Terceira ... - Cnen

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3 SEGURANÇA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA<br />

Ana Maria Xavier e Paulo Fernando Heilbron<br />

3.1 INTRODUÇÃO<br />

É <strong>de</strong> conhecimento geral que altas doses <strong>de</strong> radiação ionizante danificam o<br />

tecido humano, sendo que diversos efeitos maléficos foram reportados logo<br />

após a <strong>de</strong>scoberta dos raios-X. Naquela época (1895 – 1896), era prática<br />

comum verificar a intensida<strong>de</strong> dos raios-X expondo indivíduos à radiação<br />

emitida e medindo o tempo transcorrido até que a região exposta<br />

apresentasse irritação da pele.<br />

Durante as décadas seguintes, foi acumulado um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

informações sobre os efeitos maléficos da radiação ionizante e,<br />

conseqüentemente, sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regulamentar a exposição <strong>de</strong><br />

indivíduos à essa radiação bem como <strong>de</strong> aprimorar as técnicas empregadas<br />

pelo uso <strong>de</strong> colimadores, filtros, blindagens para atenuação, etc.<br />

Assim é que, por ocasião do Segundo Congresso Internacional <strong>de</strong><br />

Radiologia, em 1928, houve amplo consenso quanto à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formular recomendações que serviriam a diversos países como base para<br />

elaborar Normas <strong>de</strong> Radioproteção.<br />

Naquela época, foram recomendadas espessuras mínimas <strong>de</strong> blindagem <strong>de</strong><br />

chumbo para ativida<strong>de</strong>s com raios-X e fontes <strong>de</strong> Ra-226, bem como<br />

elaborados procedimentos relacionados a locais e condições <strong>de</strong> trabalho,<br />

não tendo sido, no entanto, estabelecidos valores para limitar as doses <strong>de</strong><br />

radiação.<br />

Em 1934, a Comissão Internacional <strong>de</strong> Proteção Radiológica (International<br />

Commission on Radiological Protection – ICRP), recomendou adotar,<br />

como limite, o valor <strong>de</strong> 0,2 R por dia para a exposição ocupacional (isto é,<br />

a exposição <strong>de</strong> pessoas que trabalham com radiações), o que correspondia a<br />

uma dose <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70 rem/ano, valor este que vigorou até 1950.<br />

Impulsionado pela Segunda Guerra Mundial, o crescente interesse por<br />

energia nuclear acarretou, na década <strong>de</strong> 50, avanços importantes na área <strong>de</strong><br />

proteção radiológica, tendo sido adotada a ótica cautelosa segundo a qual<br />

toda radiação, por menor que seja, causa danos.<br />

A taxa <strong>de</strong> exposição máxima permissível para indivíduos<br />

ocupacionalmente expostos foi reduzida para 0,3 R por semana,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo, para radiação X ou γ, a uma dose <strong>de</strong> 15 rem/a (0,15 Sv/a).<br />

39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!