Antonio Donizeti <strong>da</strong> CruzViagem no espelho, o<strong>br</strong>a completa que reúne os livros de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>.A poeta participou na organização <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> o<strong>br</strong>a. <strong>Kolody</strong> sintetizou e enxugoupoemas <strong>da</strong>s três <strong>pr</strong>imeiras o<strong>br</strong>as: Paisagem interior, Música submersa e Asom<strong>br</strong>a no rio, para a publicação <strong>da</strong> Antologia Correnteza (1977) e que tambémaparecem a<strong>pr</strong>imorados em Viagem no espelho. Tal título é oriundo <strong>da</strong> o<strong>br</strong>a Tempo(dividido em duas partes, uma dela é intitulado “Viagem no espelho”), de <strong>Helena</strong><strong>Kolody</strong>.As considerações finais dedica-se a esclarecer a relação entre oscapítulos, buscando configurar a <strong>inquietação</strong> na <strong>poesia</strong> de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>.Pretende-se, com esse livro, contribuir para o conhecimento <strong>da</strong> <strong>poesia</strong>kolodyana, não se impondo, portanto, como um estudo acabado so<strong>br</strong>e a questãopesquisa<strong>da</strong>.24
<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>: a <strong>poesia</strong> <strong>da</strong> <strong>inquietação</strong>1 IMIGRAÇÃO UCRANIANA NO PARANÁ1.1 Situação <strong>da</strong> Ucrânia e antecedentes históricosA Ucrânia encontra-se integra<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> cultural <strong>da</strong> Europa Ocidental.Na civilização greco-romana, desde o início de sua organização estatal, teve umamissão defini<strong>da</strong>: a resistência e a luta contra o Oriente (LERNER, 1981, p. 3). Poressa razão, o povo ucraniano sofreu as mais terríveis violências, mas resistiudurante séculos a to<strong>da</strong>s as formas de o<strong>pr</strong>essões e tentativas de anexaçãoterritorial. Mesmo assim, eles conservaram a uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> língua, <strong>da</strong> cultura e <strong>da</strong>fé.Um povo, ao emigrar, transfere consigo, mesmo que não perceba, todoum complexo cultural, tornando uma nação diferente <strong>da</strong> outra, ou seja, a raça, acultura, a língua, os costumes, o way of live e, <strong>pr</strong>incipalmente, o acervodenominado tradição (BURKO,1963, p. 81).Uma <strong>br</strong>eve abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> Ucrânia e <strong>da</strong> história do povoucraniano pode aju<strong>da</strong>r na com<strong>pr</strong>eensão do modo de vi<strong>da</strong> dos imigrantesucranianos e de seus descendentes que vivem nas colônias <strong>br</strong>asileiras,especialmente no Paraná. Tais imigrantes conservam traços peculiares de umacultura milenar, retar<strong>da</strong>ndo o <strong>pr</strong>ocesso assimilativo, ou seja, o <strong>pr</strong>ocesso deinter<strong>pr</strong>etação e fusão de culturas (tradições, sentimentos, estilos de vi<strong>da</strong>) em umtipo cultural comum.Um povo que desde suas origens luta contra outros povos que o queremdominar, está acostumado a defender e manter sua identi<strong>da</strong>de cultural. Assim,quanto à resistência e luta do povo ucraniano, Luigi Salvini faz a seguinteafirmação:O povo ucraniano resistiu por séculos a to<strong>da</strong>s as tentativasde absorção e de assimilação, que demonstrou, na que<strong>da</strong>Rússia Tzarista, a sua potência militar e a usa capaci<strong>da</strong>deorganizadora, defendendo em cinco frentes, por mais dedois anos, a independência finalmente reconquista<strong>da</strong>, em1918 (apud BURKO, 1963, p. 15-16).Para Luigi Salvini, esse povo não é e não pode ser somente uma"ex<strong>pr</strong>essão geográfica", pois mantém através dos tempos a uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> língua, <strong>da</strong>literatura, <strong>da</strong> religião, dos costumes e tradições.25
- Page 2 and 3: ANTONIO DONIZETI DA CRUZé professo
- Page 4 and 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO P
- Page 6 and 7: © 2010, Antonio Donizeti da CruzRe
- Page 9: AGRADECIMENTOS SEMPREAgradeço ao p
- Page 15: A alegria maior da vida é colher o
- Page 19: SIGLAS DOS LIVROS DE HELENA KOLODYP
- Page 23 and 24: PALAVRAS PRIMEIRASHelena Kolody: a
- Page 25: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 29 and 30: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 31 and 32: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 33 and 34: desenvolvimento da cultura brasilei
- Page 35 and 36: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 37 and 38: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 39 and 40: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 41 and 42: Feita de tortura e fel.Helena Kolod
- Page 43 and 44: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 45 and 46: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 47 and 48: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 49 and 50: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 51 and 52: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 53 and 54: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 55: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 58 and 59: Antonio Donizeti da CruzA única ju
- Page 60 and 61: Antonio Donizeti da Cruzpois, dessa
- Page 62 and 63: Antonio Donizeti da CruzJakobson co
- Page 64 and 65: Antonio Donizeti da Cruz"encantamen
- Page 66 and 67: Antonio Donizeti da Cruzmais difere
- Page 68 and 69: Antonio Donizeti da Cruza imagem co
- Page 71 and 72: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 73 and 74: A comunicabilidade na poesia kolody
- Page 75 and 76: Em “Inquietação”, o sujeito l
- Page 77 and 78:
“Exílio” (SR, p. 12) é um exe
- Page 79 and 80:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 81 and 82:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 83 and 84:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 85 and 86:
Chego a pensar, às vezes, comovida
- Page 87 and 88:
significado das palavras, além do
- Page 89 and 90:
A poesia de Helena Kolody funda-se
- Page 91 and 92:
O poema enquanto presente original
- Page 93 and 94:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 95 and 96:
poético. Percebe-se que a linguage
- Page 97 and 98:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 99 and 100:
A tanka “Sabedoria” (RE, p. 60)
- Page 101 and 102:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 103 and 104:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 105 and 106:
O haicai intitulado “Depois” (R
- Page 107 and 108:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 109 and 110:
Pode-se dizer que a "semente" é me
- Page 111 and 112:
A longa mão feita de sombraE tira
- Page 113 and 114:
Ao calor do interrogar-senuvens ocu
- Page 115 and 116:
dando um tom de irregularidade às
- Page 117 and 118:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 119 and 120:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 121 and 122:
Lembra, sem o querer, numa impress
- Page 123 and 124:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 125 and 126:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 127 and 128:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 129 and 130:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 131 and 132:
CONSIDERAÇÕES FINAISHelena Kolody
- Page 133 and 134:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 135 and 136:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASHelena
- Page 137 and 138:
ATEM, Reinoldo. Panorama da poesia
- Page 139 and 140:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 141 and 142:
JAKOBSON, Roman; POMORSKA, Kristyna
- Page 143:
ANEXOS
- Page 147:
145
- Page 151:
149
- Page 155:
153
- Page 159:
157
- Page 163:
161
- Page 167 and 168:
2PRAÇA RUI BARBOSAQuando a conheci
- Page 169:
3A PRAÇAQuando a conheci, chamava-
- Page 173:
HAIGO171
- Page 177:
175
- Page 181:
179
- Page 185 and 186:
MANEIRAS DE SERHelena KolodyOs que