Antonio Donizeti <strong>da</strong> Cruzesperança. [...]. A religiosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> autora cunhou a suaestética, o seu morrer-viver diário" (SOSSELA, 1983, p.21).O crítico João Manuel Simões, em sua o<strong>br</strong>a A tangente e o círculo, arespeito <strong>da</strong> <strong>poesia</strong> <strong>da</strong> autora, salienta:Na <strong>poesia</strong> emblemática de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> há mármores deCarrara e cristais luminosos, cintilantes – ain<strong>da</strong> que<strong>br</strong>ilhando nos latifúndios <strong>da</strong> noite. Nela, a forma e oconteúdo, o significado e o significante, a super-estruturaexterior e a infra-estrutura essencial, a<strong>br</strong>açam-se, numgrande amplexo cósmico de beleza, ritmo, música e cor(SIMÕES, 1984, p. 91).O crítico Andrade Muricy, incentivador e divulgador <strong>da</strong> <strong>poesia</strong> de<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>, escreve-lhe, em carta <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> de 26 de setem<strong>br</strong>o de 1968, epublica<strong>da</strong> em Rumo Paranaense, tecendo a seguinte afirmação so<strong>br</strong>e a o<strong>br</strong>a <strong>da</strong>autora:'Il est encore dês îles de lumière'. A ex<strong>pr</strong>essão é de Daniel-Rops, em 'Présence et Poësie'. Aceite tranqüilamente queessas 'íles de lumière' as lem<strong>br</strong>e pensando em sua <strong>poesia</strong>. Aex<strong>pr</strong>essão do grande ensaísta vai como luva na sua o<strong>br</strong>a,feita de pureza, luminosi<strong>da</strong>de espiritual e ala<strong>da</strong> vivaci<strong>da</strong>de.Esta <strong>br</strong>eve série: 'Tempo será', 'Calidoscópio', 'Arte' e'Dilema', re<strong>pr</strong>esenta uma essencialização <strong>pr</strong>ogressiva, e, emca<strong>da</strong> um dos pontos de incidência de sua criativi<strong>da</strong>de, ummomento definitivo, - sem contradição de termos. Não seidecidir-me por <strong>pr</strong>eferência particular: os quatro poemas sãoadmiráveis! De perfeita maturi<strong>da</strong>de, sem per<strong>da</strong> de frescurae quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imaginação. (ca 1970: 6. Grifos do autor]Para o poeta Jamil Snege, <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> é uma marca <strong>pr</strong>ofun<strong>da</strong> na<strong>poesia</strong> paranaense, salientando que "a <strong>poesia</strong> é apenas uma forma de elamanifestar a sensibili<strong>da</strong>de. É super-sensível na conversa, seria sensível emqualquer outra ativi<strong>da</strong>de. Tem espírito, é uma sensitiva. Já nasceu poeta" (1992,p. 6).Com doze livros publicados, várias antologias e o<strong>br</strong>as completas,<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> realiza um fazer poético enquanto busca <strong>da</strong> síntese, <strong>pr</strong>ojeta<strong>da</strong> nasformas escolhi<strong>da</strong>s e no enxugamento dos textos. Desde 1941, com a publicaçãode poemas mais longos (mas que nesse ano já publica três haicais), de sonetos, eaos poemas mais sintéticos, marcados pela <strong>br</strong>evi<strong>da</strong>de, tais como os dísticos,52
<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>: a <strong>poesia</strong> <strong>da</strong> <strong>inquietação</strong>tercetos, quadras, epigramas, tankas e haicais (<strong>poesia</strong> de origem japonesa), sãoformas poéticas escolhi<strong>da</strong>s pela poeta.Assim, desde que publicou sua <strong>pr</strong>imeira o<strong>br</strong>a, Paisagem interior, <strong>Helena</strong><strong>Kolody</strong> vem recebendo destaque por sua <strong>pr</strong>odução poética junto à críticaparanaense e à <strong>br</strong>asileira. Ocupa assim, um lugar de destaque na literatura doParaná, por sua <strong>poesia</strong> ex<strong>pr</strong>essar extrema sensibili<strong>da</strong>de, engenho poético elirismo contido e “inquietante”. Reconheci<strong>da</strong> pela crítica nacional, a poeta temseu nome registrado e consagrado em livros, revistas e manuais de literatura. Suao<strong>br</strong>a poética é li<strong>da</strong> e admira<strong>da</strong> por leitores leigos e especialistas. Conheci<strong>da</strong> erespeita<strong>da</strong> também no exterior (a <strong>poesia</strong> de <strong>Kolody</strong> foi traduzi<strong>da</strong> para oucraniano).A <strong>poesia</strong> de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> é a<strong>pr</strong>ecia<strong>da</strong> por um amplo público deleitores. Como sua o<strong>br</strong>a é divulga<strong>da</strong> em muitas escolas do Paraná, as crianças e osjovens têm contato desde cedo com a <strong>poesia</strong> kolodyana. <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> figurapor seu dinamismo e pela sua atuação competente no magistério paranaense.Nome de várias enti<strong>da</strong>des e escolas do Paraná, ela tem a admiração dos leitores edos críticos.53
- Page 2 and 3:
ANTONIO DONIZETI DA CRUZé professo
- Page 4 and 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO P
- Page 6 and 7: © 2010, Antonio Donizeti da CruzRe
- Page 9: AGRADECIMENTOS SEMPREAgradeço ao p
- Page 15: A alegria maior da vida é colher o
- Page 19: SIGLAS DOS LIVROS DE HELENA KOLODYP
- Page 23 and 24: PALAVRAS PRIMEIRASHelena Kolody: a
- Page 25 and 26: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 27 and 28: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 29 and 30: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 31 and 32: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 33 and 34: desenvolvimento da cultura brasilei
- Page 35 and 36: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 37 and 38: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 39 and 40: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 41 and 42: Feita de tortura e fel.Helena Kolod
- Page 43 and 44: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 45 and 46: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 47 and 48: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 49 and 50: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 51 and 52: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 53: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 58 and 59: Antonio Donizeti da CruzA única ju
- Page 60 and 61: Antonio Donizeti da Cruzpois, dessa
- Page 62 and 63: Antonio Donizeti da CruzJakobson co
- Page 64 and 65: Antonio Donizeti da Cruz"encantamen
- Page 66 and 67: Antonio Donizeti da Cruzmais difere
- Page 68 and 69: Antonio Donizeti da Cruza imagem co
- Page 71 and 72: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 73 and 74: A comunicabilidade na poesia kolody
- Page 75 and 76: Em “Inquietação”, o sujeito l
- Page 77 and 78: “Exílio” (SR, p. 12) é um exe
- Page 79 and 80: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 81 and 82: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 83 and 84: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 85 and 86: Chego a pensar, às vezes, comovida
- Page 87 and 88: significado das palavras, além do
- Page 89 and 90: A poesia de Helena Kolody funda-se
- Page 91 and 92: O poema enquanto presente original
- Page 93 and 94: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 95 and 96: poético. Percebe-se que a linguage
- Page 97 and 98: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 99 and 100: A tanka “Sabedoria” (RE, p. 60)
- Page 101 and 102: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 103 and 104: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 105 and 106:
O haicai intitulado “Depois” (R
- Page 107 and 108:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 109 and 110:
Pode-se dizer que a "semente" é me
- Page 111 and 112:
A longa mão feita de sombraE tira
- Page 113 and 114:
Ao calor do interrogar-senuvens ocu
- Page 115 and 116:
dando um tom de irregularidade às
- Page 117 and 118:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 119 and 120:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 121 and 122:
Lembra, sem o querer, numa impress
- Page 123 and 124:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 125 and 126:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 127 and 128:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 129 and 130:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 131 and 132:
CONSIDERAÇÕES FINAISHelena Kolody
- Page 133 and 134:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 135 and 136:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASHelena
- Page 137 and 138:
ATEM, Reinoldo. Panorama da poesia
- Page 139 and 140:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 141 and 142:
JAKOBSON, Roman; POMORSKA, Kristyna
- Page 143:
ANEXOS
- Page 147:
145
- Page 151:
149
- Page 155:
153
- Page 159:
157
- Page 163:
161
- Page 167 and 168:
2PRAÇA RUI BARBOSAQuando a conheci
- Page 169:
3A PRAÇAQuando a conheci, chamava-
- Page 173:
HAIGO171
- Page 177:
175
- Page 181:
179
- Page 185 and 186:
MANEIRAS DE SERHelena KolodyOs que