Antonio Donizeti <strong>da</strong> CruzA respeito <strong>da</strong> origem do nome Ucrânia (Ucraína), o historiador MiguelWouk afirma que, etimologicamente, o vocábulo Ucraína é composto por doiselementos eslavos: junto de, e KRAI(N), terra, país, região. Para o autor, o nomeUcraína significa a região, as terras ou o país de um Estado Político que são o seuextremo e zona fronteiriça com outros Estados. Ain<strong>da</strong> salienta que a Ucrânia eraa região limítrofe com os territórios dos moscovitas e dos tártaros mongóis e era"teatro" de contínuas lutas entre russos, poloneses, tártaros e turcos. O nome jáaparece nas crônicas do historiador ucraniano, Monge Nestor, no século XII(WOUK, 1981, p. 27).A mais antiga denominação <strong>da</strong> Ucrânia e dos ucranianos foi sem<strong>pr</strong>e"Rus'", "Russyn", "rus'kyi". O nome Ucrânia surgiu posteriormente e,<strong>pr</strong>ovavelmente, deve significar: "a minha terra", ou "estado independente",começando a ser usado esporadicamente desde o início do século XII (BURKO,1963, p. 18-19).A Ucrânia é uma nação eslava, localiza<strong>da</strong> no centro-leste <strong>da</strong> Europa. Onome oficial é "República <strong>da</strong> Ucrânia", sendo a capital Kiev. A língua usa<strong>da</strong> é oucraniano (oficial), porém também se fala russo e bielo-russo. A religião<strong>pr</strong>edominante é o cristianismo (ortodoxo). A <strong>da</strong>ta nacional é 24 de agosto(Independência. 1991). Os rios Dnieper (Dni<strong>pr</strong>ó) e Dniester formam os limitesgeográficos <strong>da</strong> Ucrânia. Os ucranianos habitam, atualmente, a mesma região <strong>da</strong>Europa que seus antepassados vinham ocupando por mais de mil anos, embora aárea em que se estabeleceram tenha-se alargado ou reduzido em diferentesépocas (SIMPSON, 1953, p. 5).Os geógrafos costumam denominar o território ucraniano como um dosmais ricos <strong>da</strong> Europa em vista dos seus recursos agrícolas e minerais.Conforme J. Mirchuk, uma <strong>da</strong>s causas que contribuiu para a formação dopovo ucraniano foi a conquista <strong>da</strong> estepe e o impulso de expansão para osdistritos do Sul, jamais emigrando para a Europa Central. As planícies <strong>da</strong>sestepes, sem obstáculos naturais, tornavam os combates árduos com os gruposque as devastavam, levando o povo ucraniano a lutar com to<strong>da</strong> a sua força (apudHORBATIUK, 1985, p. 55).Somente no final do século XVIII e no decorrer do século XIX, a estepefoi domina<strong>da</strong>, as <strong>pr</strong>aias do mar Negro foram atingi<strong>da</strong>s e a fronteira Leste foialarga<strong>da</strong>. Assim, a expansão do território povoado é devido ao nomadismo dosucranianos. Em relação à história ucraniana, Mirchuk, divide-a em cincoperíodos:26
<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>: a <strong>poesia</strong> <strong>da</strong> <strong>inquietação</strong>1) A su<strong>pr</strong>emacia política de Kiev até 1154; 2) A su<strong>pr</strong>emaciado estado Galiciano-Voliniano de 1154 a 1340; 3) O períodoLituano-Polonês, de 1340 até 1648: a) O Lituano 1340-1569; b) O Polonês, de 1569 a 1648; 4) O estado Cossaco,de 1648 a 1782; 5) O período Austro-Russo, de 1792 a 1918(apud HORBATIUK, 1989, p. 56).O ano de 1918 é um marco importante <strong>da</strong> história ucraniana, suaIndependência. Ela foi <strong>pr</strong>oclama<strong>da</strong> a 22 de janeiro de 1918, e a naçãodenomina<strong>da</strong> "República Nacional <strong>da</strong> Ucrânia", sob a chefia de Symon Petlura,mas teve pouca duração. Valdomiro Haneiko comenta a respeito:As mesmas potências que reconheceram suaindependência, pelo tratado de Berest-Litovsky, queriamexplorar suas <strong>pr</strong>ovisões de cereais. Os bolchevistas queriamtambém estender seu domínio so<strong>br</strong>e o rico território. Apósséries de movimentos revolucionários, a independênciaucraniana terminava, em 1922-1923 (apud ORBATIUK,1989, p. 65-68).A Ucrânia foi incorpora<strong>da</strong> à União Soviética, sob a denominação de"República Socialista Soviética <strong>da</strong> Ucrânia", considera<strong>da</strong> região autônoma,mas não soberana, pois sua Constituição obedecia aos <strong>pr</strong>incípios básicos <strong>da</strong>União Soviética. Porém, com o <strong>pr</strong>ocesso iniciado com a abertura política,denomina<strong>da</strong> Perestroika, na ex-URSS, em 1985, a Ucrânia reconquista e declarasua Independência, a 24 de agosto de 1991, e volta a ser um país autônomo esoberano.No contexto histórico e social, o povo ucraniano foi o<strong>pr</strong>imido, de to<strong>da</strong>sas formas e meios, pelos ocupantes <strong>da</strong> sua terra. Muitos deles buscaram, namedi<strong>da</strong> do possível, outras terras, em outros países, para construírem seus lares eviverem com liber<strong>da</strong>de. No afã de buscar uma "nova terra", os emigrantesucranianos, isolados ou em grupos, abandonaram sua terra natal, estabelecendoseno imenso continente americano.A corrente emigratória desencadea<strong>da</strong> no final do século XIX resultounuma vasta dispersão do povo ucraniano, levando-o a vários países do domíniosoviético e do mundo ocidental. A emigração em massa já conta com mais de 70anos, sendo que a <strong>pr</strong>imeira etapa ocorreu em fins do século XIX, quandomilhares de pessoas, em conseqüência <strong>da</strong> superpopulação agrária e, mais, <strong>da</strong>débil industrialização, em más condições sócio-econômicas, resolveram sairdefinitivamente de suas férteis "terras negras" em busca de melhores condições27
- Page 2 and 3: ANTONIO DONIZETI DA CRUZé professo
- Page 4 and 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO P
- Page 6 and 7: © 2010, Antonio Donizeti da CruzRe
- Page 9: AGRADECIMENTOS SEMPREAgradeço ao p
- Page 15: A alegria maior da vida é colher o
- Page 19: SIGLAS DOS LIVROS DE HELENA KOLODYP
- Page 23 and 24: PALAVRAS PRIMEIRASHelena Kolody: a
- Page 25 and 26: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 27: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 31 and 32: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 33 and 34: desenvolvimento da cultura brasilei
- Page 35 and 36: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 37 and 38: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 39 and 40: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 41 and 42: Feita de tortura e fel.Helena Kolod
- Page 43 and 44: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 45 and 46: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 47 and 48: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 49 and 50: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 51 and 52: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 53 and 54: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 55: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 58 and 59: Antonio Donizeti da CruzA única ju
- Page 60 and 61: Antonio Donizeti da Cruzpois, dessa
- Page 62 and 63: Antonio Donizeti da CruzJakobson co
- Page 64 and 65: Antonio Donizeti da Cruz"encantamen
- Page 66 and 67: Antonio Donizeti da Cruzmais difere
- Page 68 and 69: Antonio Donizeti da Cruza imagem co
- Page 71 and 72: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 73 and 74: A comunicabilidade na poesia kolody
- Page 75 and 76: Em “Inquietação”, o sujeito l
- Page 77 and 78: “Exílio” (SR, p. 12) é um exe
- Page 79 and 80:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 81 and 82:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 83 and 84:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 85 and 86:
Chego a pensar, às vezes, comovida
- Page 87 and 88:
significado das palavras, além do
- Page 89 and 90:
A poesia de Helena Kolody funda-se
- Page 91 and 92:
O poema enquanto presente original
- Page 93 and 94:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 95 and 96:
poético. Percebe-se que a linguage
- Page 97 and 98:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 99 and 100:
A tanka “Sabedoria” (RE, p. 60)
- Page 101 and 102:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 103 and 104:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 105 and 106:
O haicai intitulado “Depois” (R
- Page 107 and 108:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 109 and 110:
Pode-se dizer que a "semente" é me
- Page 111 and 112:
A longa mão feita de sombraE tira
- Page 113 and 114:
Ao calor do interrogar-senuvens ocu
- Page 115 and 116:
dando um tom de irregularidade às
- Page 117 and 118:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 119 and 120:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 121 and 122:
Lembra, sem o querer, numa impress
- Page 123 and 124:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 125 and 126:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 127 and 128:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 129 and 130:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 131 and 132:
CONSIDERAÇÕES FINAISHelena Kolody
- Page 133 and 134:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 135 and 136:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASHelena
- Page 137 and 138:
ATEM, Reinoldo. Panorama da poesia
- Page 139 and 140:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 141 and 142:
JAKOBSON, Roman; POMORSKA, Kristyna
- Page 143:
ANEXOS
- Page 147:
145
- Page 151:
149
- Page 155:
153
- Page 159:
157
- Page 163:
161
- Page 167 and 168:
2PRAÇA RUI BARBOSAQuando a conheci
- Page 169:
3A PRAÇAQuando a conheci, chamava-
- Page 173:
HAIGO171
- Page 177:
175
- Page 181:
179
- Page 185 and 186:
MANEIRAS DE SERHelena KolodyOs que