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Helena Kolody: a poesia da inquietação. - Portugues.seed.pr.gov.br

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Antonio Donizeti <strong>da</strong> Cruzduzentos mil réis. Com capa de Elvídia Leite, que era minhaamiga. No dia 21 de setem<strong>br</strong>o, meu pai morreu de repente.Eu quis tirar o livro <strong>da</strong> gráfica, mas os meus amigos medisseram: agora é que você <strong>pr</strong>ecisa fazer uma homenagem aseu pai (1985, p. 4).Uma <strong>da</strong>s <strong>pr</strong>imeiras críticas à o<strong>br</strong>a kolodyana foi a do poeta RodrigoJúnior (pseudônimo de João Baptista Carvalho de Oliveira), para o jornal Diário<strong>da</strong> tarde, de Curitiba, a 21 de janeiro de 1942. Ao comentar Paisagem interior(1941), Rodrigo Júnior <strong>pr</strong>eviu o futuro poético de <strong>Helena</strong>:O que é mister é que a criadora de 'Paisagem Interior' não sedetenha em meio do caminho, satisfeita com os aplausos deque está sendo cumula<strong>da</strong>, e que continue a desentranhar-seem novas rimas, que se cristalizarão em novos livros, paramaior glória <strong>da</strong>s letras de nossa terra (JÚNIOR, 1942, p. 3).Ao elogiar a o<strong>br</strong>a inaugural <strong>da</strong> poeta, o escritor Rodrigo Júnior <strong>pr</strong>evira oseu potencial criador. Em seu artigo, ele afirma que ela é um espíritoindependente em arte, não se apega a cânones estéticos, não se submete àimposição de <strong>pr</strong>eceitos ou regras escolásticas. Situando a <strong>poesia</strong> de <strong>Helena</strong> noque há de mais moderno, Rodrigo Júnior afirma:Irrefragavelmente, o verso <strong>da</strong> autora de 'Paisagem Interior'se destaca, com magnífico relevo, exibindo um coloridoinédito, um 'frisson' de ideias modernas, na <strong>poesia</strong> feminilparanaense <strong>da</strong> hora <strong>pr</strong>esente (JÚNIOR, 1942, p. 3).Em 1942, <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> classifica-se em segundo lugar com Paisageminterior, no "Concurso de <strong>poesia</strong>", <strong>pr</strong>omovido pela "Socie<strong>da</strong>de de Homens deLetras", do Rio de Janeiro.Em 1945, publica Música submersa. A respeito <strong>da</strong> o<strong>br</strong>a, o crítico Ga<strong>br</strong>ielFontoura registra, em 1945, na revista Marinha..., o artigo "Música submersa".Para o crítico, a o<strong>br</strong>a "se resume num pugilo de versos <strong>pr</strong>imorosamentecinzelados [...]. Só a poetisa que burilou o soneto SONHAR, capaz seria deescrever versos assim tão elevados. Há certa dose de filosofia nas suas ideias"(FONTOURA, 1945, n. p.).Rumo paranaense, revista de Curitiba, dirigi<strong>da</strong> por Mamédio C. Bark,publica três cartas-lem<strong>br</strong>anças de Carlos Drummond de Andrade, CecíliaMeireles e Andrade Muricy, à <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>, com um <strong>br</strong>eve comentário crítico.O poeta Carlos Drummond de Andrade, a respeito <strong>da</strong> o<strong>br</strong>a Música submersa, em40

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