Antonio Donizeti <strong>da</strong> CruzEm A som<strong>br</strong>a do rio <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> é de umaespirituali<strong>da</strong>de sur<strong>pr</strong>eendente, trata com sabedoria invulgar<strong>da</strong>s coisas subjetivas. [...] Há música, beleza, harmonia eespirituali<strong>da</strong>de na <strong>poesia</strong> de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>. <strong>Helena</strong> atingiua Perfeição do pensamento dentro de seu verso liberto eespontâneo (SANTOS, 1952, p. 12).O Crítico Tasso <strong>da</strong> Silveira publica em A Estante, Revista do Rio deJaneiro, seu artigo, "Pura <strong>poesia</strong> e crítica impura", e, ao comentar a o<strong>br</strong>a, Asom<strong>br</strong>a no rio, declara que a <strong>poesia</strong> de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> "é feita de amargor esabedoria a um só tempo. E traz a marca do poeta ver<strong>da</strong>deiro: o do amor <strong>pr</strong>ofundoao vocábulo" (SILVEIRA, 1952, p. 9).Em 1957, publica a segun<strong>da</strong> edição de A som<strong>br</strong>a no rio. Em 1959, o"Centro Paranaense Feminino de Cultura" publica Trilogia, separata de Umséculo de <strong>poesia</strong> .Em 1962, <strong>Helena</strong> recebe uma homenagem especial de seus alunos pelapassagem dos seus 50 anos. Eles editam Poesias completas, reunindo os livrospublicados até essa <strong>da</strong>ta. No mesmo ano, <strong>Helena</strong> aposenta-se como <strong>pr</strong>ofessorado Estado.Em 1964, publica Vi<strong>da</strong> <strong>br</strong>eve. Lacer<strong>da</strong> Pinto, em seu artigo "<strong>Helena</strong><strong>Kolody</strong> e Vi<strong>da</strong> Breve", publicado no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, a 20de setem<strong>br</strong>o de 1964, afirma que "tudo é <strong>pr</strong>ecioso neste livro, de forma que odestaque de alguns poemas não significa desdém pelos demais" (1964, n. p.).Maria Irene Junqueira Nunes, ao referir-se a Vi<strong>da</strong> <strong>br</strong>eve, na Gazeta dopovo, de Curitiba, a 26 de novem<strong>br</strong>o de 1967, afirma que, "um halo de tristezaenvolve os poemas banhados de melancolia, '<strong>da</strong> <strong>pr</strong>ó<strong>pr</strong>ia solidão que teve suaquieta alegria sem eco' [...]" (1967, p. 7).Em 1965, publica 20 poemas e, em 1966, <strong>Helena</strong> edita em um únicovolume dois novos livros: Era espacial e Trilha sonora.Vasco José Tabor<strong>da</strong>, em seu artigo "Livros na Mesa", publicado noJornal de Curitiba, a 13 de novem<strong>br</strong>o de 1966, comenta a respeito de Trilhasonora:Trilha Sonora traz ao espírito a gravação sônica dos filmes.Ela volta à temática ora romântica ora simbolista. Seusversos refletem intensamente estados de alma motivadospelo mundo que vive [...]. Versos que lem<strong>br</strong>am ao homem afugaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> perante o eterno, o inexorável(TABORDA, 1966, p. 2).42
<strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>: a <strong>poesia</strong> <strong>da</strong> <strong>inquietação</strong>A respeito <strong>da</strong> o<strong>br</strong>a Era Espacial (1966), as autoras Hellê VellozoFernandes e América <strong>da</strong> Costa Sabóia, em Antologia didática de escritoresparanaenses (1970), fazem o seguinte comentário crítico:No livro 'Era espacial', do qual fazem parte 'Maquinomem'e 'Século Atômico', a autora a<strong>br</strong>e um hiato no seu mundointerior, para fixar aspectos típicos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> atual. Mas, agrande força de seu gênio artístico está condensa<strong>da</strong> em<strong>poesia</strong> de sutil observação, como 'Inútil Desco<strong>br</strong>imento',em que reconstitui a sensação de voltar para trás e rever complacidez os pequenos tesouros despercebidos, no passado(FERNANDES, 1970, p. 156-157).Em 1967, publica Antologia poética. Nesse ano, aposenta-se comoInspetora de Ensino. Em 1970, publica Tempo. Miguelina Soifer, em seu artigo,"Tempo e instantanei<strong>da</strong>de em <strong>Kolody</strong>", publicado na Revista Letras, de Curitiba,afirma que Tempo é um "livro-resumo", em que o poeta ascendido e despojadopara a visão retrospectiva, <strong>pr</strong>onuncia seu "Benedicite" à vi<strong>da</strong>, e também lança seu"olhar interior à <strong>pr</strong>ocura de resposta para as grandes interrogações: sentido <strong>da</strong>arte, missão do poeta, <strong>poesia</strong> como destino. <strong>Kolody</strong> 'situa-se' na vi<strong>da</strong> comopoeta" (1971, p. 196).No ano de 1975, falece Victória <strong>Kolody</strong>, mãe de <strong>Helena</strong>. Em 1977, épublica<strong>da</strong> a antologia Correnteza. Em 1980, <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> publica Infinito<strong>pr</strong>esente. A Gazeta do povo, em sua edição de 14 de agosto de 1980, a<strong>pr</strong>esenta umcomentário so<strong>br</strong>e a o<strong>br</strong>a, de autoria de Valfrido Piloto, que afirma: "[...] estáticodesse modo, fronte ao alto e coração a bater ine<strong>br</strong>iado, foi como me deparei aoem<strong>pr</strong>eender a leitura dos poemas, tão sintéticos na forma quanto imensuráveis noconteúdo, deste livro de <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong> 'Infinito <strong>pr</strong>esente'" (PILOTO, 1980, p.10).Miguelina Soifer, ao se referir a o<strong>br</strong>a Infinito <strong>pr</strong>esente, na revista Letras,declara que "a dimensão temporal" é uma forma característica e dominante <strong>da</strong>cosmovisão <strong>Kolody</strong>ana, em que "o poeta visionário toma consciência de seufazer poético" 1980, p. 173).Em 1983, a "Socie<strong>da</strong>de dos amigos <strong>da</strong> cultura ucraína" publica Poesiasescolhi<strong>da</strong>s (Вибрані поезії), com tradução de Wira Wowk para o ucraniano. Noano de 1985, é publicado Sem<strong>pr</strong>e palavra, pela Criar Edições. <strong>Helena</strong> <strong>Kolody</strong>recebe o "Diploma de Mérito literário", conferido pela Prefeitura Municipal deCuritiba.43
- Page 2 and 3: ANTONIO DONIZETI DA CRUZé professo
- Page 4 and 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO P
- Page 6 and 7: © 2010, Antonio Donizeti da CruzRe
- Page 9: AGRADECIMENTOS SEMPREAgradeço ao p
- Page 15: A alegria maior da vida é colher o
- Page 19: SIGLAS DOS LIVROS DE HELENA KOLODYP
- Page 23 and 24: PALAVRAS PRIMEIRASHelena Kolody: a
- Page 25 and 26: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 27 and 28: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 29 and 30: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 31 and 32: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 33 and 34: desenvolvimento da cultura brasilei
- Page 35 and 36: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 37 and 38: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 39 and 40: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 41 and 42: Feita de tortura e fel.Helena Kolod
- Page 43: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 47 and 48: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 49 and 50: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 51 and 52: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 53 and 54: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 55: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 58 and 59: Antonio Donizeti da CruzA única ju
- Page 60 and 61: Antonio Donizeti da Cruzpois, dessa
- Page 62 and 63: Antonio Donizeti da CruzJakobson co
- Page 64 and 65: Antonio Donizeti da Cruz"encantamen
- Page 66 and 67: Antonio Donizeti da Cruzmais difere
- Page 68 and 69: Antonio Donizeti da Cruza imagem co
- Page 71 and 72: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 73 and 74: A comunicabilidade na poesia kolody
- Page 75 and 76: Em “Inquietação”, o sujeito l
- Page 77 and 78: “Exílio” (SR, p. 12) é um exe
- Page 79 and 80: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 81 and 82: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 83 and 84: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 85 and 86: Chego a pensar, às vezes, comovida
- Page 87 and 88: significado das palavras, além do
- Page 89 and 90: A poesia de Helena Kolody funda-se
- Page 91 and 92: O poema enquanto presente original
- Page 93 and 94: Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 95 and 96:
poético. Percebe-se que a linguage
- Page 97 and 98:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 99 and 100:
A tanka “Sabedoria” (RE, p. 60)
- Page 101 and 102:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 103 and 104:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 105 and 106:
O haicai intitulado “Depois” (R
- Page 107 and 108:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 109 and 110:
Pode-se dizer que a "semente" é me
- Page 111 and 112:
A longa mão feita de sombraE tira
- Page 113 and 114:
Ao calor do interrogar-senuvens ocu
- Page 115 and 116:
dando um tom de irregularidade às
- Page 117 and 118:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 119 and 120:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 121 and 122:
Lembra, sem o querer, numa impress
- Page 123 and 124:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 125 and 126:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 127 and 128:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 129 and 130:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 131 and 132:
CONSIDERAÇÕES FINAISHelena Kolody
- Page 133 and 134:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 135 and 136:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASHelena
- Page 137 and 138:
ATEM, Reinoldo. Panorama da poesia
- Page 139 and 140:
Helena Kolody: a poesia da inquieta
- Page 141 and 142:
JAKOBSON, Roman; POMORSKA, Kristyna
- Page 143:
ANEXOS
- Page 147:
145
- Page 151:
149
- Page 155:
153
- Page 159:
157
- Page 163:
161
- Page 167 and 168:
2PRAÇA RUI BARBOSAQuando a conheci
- Page 169:
3A PRAÇAQuando a conheci, chamava-
- Page 173:
HAIGO171
- Page 177:
175
- Page 181:
179
- Page 185 and 186:
MANEIRAS DE SERHelena KolodyOs que