28computador ao mesmo tempo em que tenham espaço para usar livros e ca<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s epossam olhar para o professor e para o quadro.Também cita que a aparência dos “laboratórios <strong>de</strong> <strong>Informática</strong>” semprelembra mais um asséptico CPD (centro <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos), comum emgran<strong>de</strong>s empresas, do que um ambiente escolar. A iluminação <strong>de</strong>ve ser bem planeja<strong>da</strong>, eele propõe que os computadores sejam coloridos (até mesmo pelos próprios alu<strong>no</strong>s nasaulas <strong>de</strong> Educação artística). Ele ain<strong>da</strong> lembra que, embora os computadores atuais nãonecessitem <strong>de</strong> ambiente com ar condicionado para trabalhar melhor, é conveniente queesse mito seja mantido pois as pessoas são mais produtivas em ambientes maisconfortáveis.Também ressalta que <strong>de</strong>ve haver um projeto <strong>de</strong> gestão <strong>da</strong>s <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logiasna escola, com uma infra-estrutura <strong>de</strong> manutenção e gerenciamento, para evitar que osequipamentos fiquem ociosos a maior parte do tempo, ou sejam roubados, estragados,ou fiquem obsoletos. Essa gestão <strong>de</strong>ve ser feita por uma comissão forma<strong>da</strong> pelaadministração <strong>da</strong> escola, professores, alu<strong>no</strong>s e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, e que alu<strong>no</strong>s monitores<strong>de</strong>vem ser mantidos para organizar o registro <strong>de</strong> uso dos equipamentos, entre outrastarefas <strong>de</strong> manutenção. A comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser incentiva<strong>da</strong> a qualificar-se, dominandoas ferramentas básicas <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong> <strong>Informática</strong>, como o sistema operacional e osaplicativos <strong>de</strong> edição <strong>de</strong> texto e planilha eletrônica.Quanto aos professores, ele consi<strong>de</strong>ra reducionista e injusta a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>responsabilizá-los pelo atraso tec<strong>no</strong>lógico do processo ensi<strong>no</strong>-aprendizagem, ouconsi<strong>de</strong>rar que o professor é conservador e que tem medo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça. Cysneiros sugerea formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> interesse para apoio mútuo entre professores que <strong>de</strong>sejampreparar-se ou aperfeiçoar-se <strong>no</strong> uso <strong>da</strong> <strong>Informática</strong>.Valente (1999) discute o problema <strong>da</strong> dicotomia entre o aspecto pe<strong>da</strong>gógicoe técnico <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> na Educação. Ele diz que ao final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, com ouso <strong>de</strong> computadores MSX executando o LOGO, tinha-se uma <strong>no</strong>ção <strong>de</strong> que a questãodo uso <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> na Educação era puramente pe<strong>da</strong>gógica. Bastava ligar ocomputador e a “tartaruga” estava na tela. A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, com o surgimentodo sistema operacional Windows e <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong> gama <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do computadorpessoal para o professor, um conhecimento técnico maior tor<strong>no</strong>u-se necessário para obom uso <strong>de</strong>ste equipamento e houve uma sobrevalorização <strong>de</strong>ste conhecimento, em<strong>de</strong>trimento do lado pe<strong>da</strong>gógico. Ele frisa que para a Educação seria melhor se houvesse
29um equilíbrio entre estes aspectos, com os conhecimentos técnico e pe<strong>da</strong>gógicocrescendo juntos, ca<strong>da</strong> um complementando, interagindo e motivando o outro. Segundoele,“A utilização do computador para passar informação, informatizando oprocesso tradicional <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> existente, não necessita <strong>de</strong> maioresconhecimentos técnicos nem constitui uma i<strong>no</strong>vação educacional. Ai<strong>no</strong>vação pe<strong>da</strong>gógica consiste na implantação do construtivismo sóciointeracionista,ou seja, a construção do conhecimento pelo alu<strong>no</strong> mediadopelo computador. Porém, se o educador dispuser dos recursos <strong>da</strong><strong>Informática</strong>, terá muito mais chance <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r os processos mentais, osconceitos e as estratégias utiliza<strong>da</strong>s pelo alu<strong>no</strong> e, com essa informação,po<strong>de</strong>rá intervir e colaborar <strong>de</strong> modo mais efetivo nesse processo <strong>de</strong>construção <strong>de</strong> conhecimento.” (Valente, 1999, p. 22)Ressaltando que um dos recursos técnicos mais universais <strong>da</strong> <strong>Informática</strong>atual é o uso do processador <strong>de</strong> texto (como o Word), Valente diz que o domínio <strong>de</strong>sterecurso po<strong>de</strong> permitir a realização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s importantes do ponto <strong>de</strong> vistape<strong>da</strong>gógico, como a combinação <strong>de</strong> textos e gráficos. A própria utilização <strong>da</strong> internetusa os mesmos conhecimentos técnicos do ambiente Windows, apesar <strong>de</strong> estesconhecimentos não serem suficientes para, por exemplo, a elaboração <strong>de</strong> páginas emhipertexto. Assim, algum conhecimento técnico é suficiente para algum ganho, sendoque este conhecimento po<strong>de</strong> progredir com o tempo.Ele cita como exemplo <strong>da</strong> supervalorização do conhecimento técnico apesquisa na internet, que po<strong>de</strong> ser riquíssima na forma (com textos, fotos e gráficoscoloridos), mas bastante pobre <strong>no</strong> conteúdo se não houver uma visão crítica sobre o quese está fazendo. Assim, a experiência pe<strong>da</strong>gógica do professor é que po<strong>de</strong> dizer se oalu<strong>no</strong> está utilizando a tec<strong>no</strong>logia para obter uma aprendizagem significativa ou não. Ouso <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> como recurso pe<strong>da</strong>gógico auxiliar na construção do conhecimentorequer um maior domínio sobre os conteúdos. Por isso,“a formação do professor envolve muito mais do que provê-lo <strong>de</strong>conhecimento técnico sobre computadores. Ela <strong>de</strong>ve criar condições para oprofessor construir conhecimento sobre os aspectos computacionais;compreen<strong>de</strong>r as perspectivas educacionais subjacentes aos softwares emuso, isto é, as <strong>no</strong>ções <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>, aprendizagem e conhecimento implícitas <strong>no</strong>software; e enten<strong>de</strong>r por que e como integrar o computador na sua práticape<strong>da</strong>gógica. Deve proporcionar ao professor as bases para que possasuperar barreiras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m administrativa e pe<strong>da</strong>gógica, possibilitando atransição <strong>de</strong> um sistema fragmentado <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> para uma abor<strong>da</strong>gemintegradora <strong>de</strong> conteúdo e volta<strong>da</strong> para a elaboração <strong>de</strong> projetos temáticosdo interesse <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> alu<strong>no</strong>. Finalmente, <strong>de</strong>ve criar condições para que o
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usar um código, uma senha para ent
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