38seja, são preconcebidos <strong>de</strong> forma a simular situações-problema (colisões,pla<strong>no</strong>s inclinados, reflexão <strong>da</strong> luz, etc.) ou meramente na condição <strong>de</strong>verificar o acerto ou erro do alu<strong>no</strong> colocado diante <strong>de</strong> questões objetivas.Assim, os softwares apresentam as mesmas alternativas para alu<strong>no</strong>s comdiferentes graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e diferentes concepções sobreo tema abor<strong>da</strong>do. Além disso, é claro que os softwares assim concebidosnão po<strong>de</strong>m li<strong>da</strong>r com questões subjetivas, ou seja, com a própria linguagem,concepção e nível cognitivo do alu<strong>no</strong>, aproximando-se tanto quanto possível<strong>da</strong> interação professor-alu<strong>no</strong> na relação ensi<strong>no</strong>-aprendizagem, propiciandouma aprendizagem realmente significativa.” (Nogueira, 2000, p. 517)Os autores sugerem assim que softwares educacionais <strong>de</strong>vem ser baseadosem programas <strong>de</strong> inteligência artificial, com reconhecimento <strong>da</strong> linguagem, <strong>de</strong> forma aa<strong>de</strong>quar-se a diferentes usuários/aprendizes, favorecendo <strong>de</strong>sta forma a aprendizagemsignificativa, on<strong>de</strong> os conceitos formem relações com outros, e não sejam simplesmentememorizados.A partir <strong>de</strong>stas diversas opiniões, em termos do contexto espacial e temporalem que escrevo esse trabalho, posso consi<strong>de</strong>rar que são quatro classificações parapossíveis usos do computador <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>Física</strong>:1) Como máquina <strong>de</strong> ensinar, seja como tutorial, banco <strong>de</strong> questões,virador <strong>de</strong> páginas, instrução programa<strong>da</strong>, ou outro método semelhante. Nesta forma<strong>de</strong> utilização, não há muita vantagem pe<strong>da</strong>gógica em se usar um computador em<strong>de</strong>trimento aos métodos tradicionais com lápis e papel, exceto talvez o fatormotivacional e a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso. Um teste simulado, por exemplo, aplicado por umcomputador, teria como vantagem sobre um feito <strong>no</strong> papel, o fato <strong>de</strong> o alu<strong>no</strong> nãoprecisar contabilizar manualmente os resultados, o que é muito pouco para justificar porsi só o uso <strong>de</strong> uma máquina (e <strong>no</strong>rmalmente um conjunto <strong>de</strong> programas) <strong>de</strong> alto custofinanceiro. Estes programas po<strong>de</strong>m ser bem mais eficientes se utilizarem inteligênciaartificial para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões quanto a o que oferecer e cobrar do estu<strong>da</strong>nteusuário.2) Como ferramenta, tanto burocrática quanto intelectual. Burocrática <strong>no</strong>sentido <strong>de</strong> que o processador <strong>de</strong> textos (por exemplo) é uma ferramenta valiosíssimapara professores e alu<strong>no</strong>s, uma vez que os faz ganhar tempo que po<strong>de</strong> ser utilizado naativi<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual, tanto durante a aula, quanto em outros ambientes e horários.Planilhas <strong>de</strong> cálculo e programas para editoração eletrônica são também exemplos <strong>de</strong>staforma <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong> <strong>Informática</strong>. Como ferramenta intelectual o computador po<strong>de</strong> serusado como auxiliar <strong>de</strong> laboratório, colhendo <strong>da</strong>dos, traçando gráficos, ou resolvendo
39equações. Neste caso, o computador po<strong>de</strong> até mesmo baratear o custo <strong>de</strong> certosequipamentos <strong>de</strong> laboratório, substituindo dispendiosas partes como sensores, relógios eaté osciloscópios.3) Como instrumento <strong>de</strong> programação, sendo assim utilizado <strong>de</strong> forma apromover a aprendizagem por <strong>de</strong>scoberta. Como exemplo temos o LOGO, e outraslinguagens <strong>de</strong> programação que permitem ao estu<strong>da</strong>nte criar processos <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong>problemas. O LOGO, porém, não é muito a<strong>de</strong>quado para o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>Física</strong>, sendovoltado para Educação infantil. Vitale (1991) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que esta forma <strong>de</strong> utilização é amais proveitosa, por permitir que os alu<strong>no</strong>s e professores tenham liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criação<strong>de</strong> softwares, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo exclusivamente <strong>de</strong> especialistas em <strong>Informática</strong> para aprodução dos recursos utilizados. Esse ponto <strong>de</strong> vista, porém, <strong>de</strong>ve ser contextualizado<strong>no</strong> início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, quando recursos multimídia e a internet não eram acessíveis.Hoje, dificilmente um professor que trabalha em sala <strong>de</strong> aula po<strong>de</strong>ria produzir softwarescom quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e recursos comparáveis aos produzidos por equipes <strong>de</strong> especialistas em<strong>Informática</strong>. Programas que permitem a criação e manipulação <strong>de</strong> regras para geração<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los físico-matemáticos também se incluem nessa classificação. Esses tantopo<strong>de</strong>m utilizar a clássica Mo<strong>de</strong>lagem Quantitativa (matemática), como a Mo<strong>de</strong>lagemSemiquantitativa, conforme Sampaio et al. (1999) e Santos (1994). Em geral, aMo<strong>de</strong>lagem Quantitativa é mais recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> para estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> nível superior, quetenham um contato com o cálculo infinitesimal, enquanto a Mo<strong>de</strong>lagemSemiquantitativa po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong> até mesmo com crianças, <strong>de</strong>vido ao seu caráterintuitivo.4) Em simulações. Este é o uso mais comum <strong>no</strong> Ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>Física</strong>, pela óbviavantagem que tem como ponte entre o estudo do fenôme<strong>no</strong> <strong>da</strong> maneira tradicional(quadro-e-giz) e os experimentos <strong>de</strong> laboratório, pois permitem que os resultados sejamvistos com clareza, repeti<strong>da</strong>s vezes, com um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> variáveis envolvi<strong>da</strong>s.Po<strong>de</strong>mos ain<strong>da</strong> dividir as simulações em dois grupos: as estáticas e as dinâmicas. Nassimulações estáticas, o estu<strong>da</strong>nte tem pouco ou nenhum controle sobre os parâmetros <strong>da</strong>simulação. Já nas dinâmicas, estes parâmetros po<strong>de</strong>m ser modificados com um grau <strong>de</strong>liber<strong>da</strong><strong>de</strong> bem maior, <strong>de</strong> modo que o estu<strong>da</strong>nte possa verificar as implicações <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>variável <strong>no</strong> resultado do fenôme<strong>no</strong> estu<strong>da</strong>do, tendo assim maior auto<strong>no</strong>mia, tanto com oprofessor presente quanto sozinho ou em grupo.
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