umas estrelas, vai fazer, mas vai i<strong>de</strong>ntificar corpo extenso, ponto material, repouso,movimento, trajetória, distância percorri<strong>da</strong>, <strong>de</strong>slocamento. Sabe que ficou tão bom, aí oque eu fiz na prova? Peguei assim, uma <strong>de</strong>las eu me lembro bem <strong>da</strong> questão, até: era umcupido flechando um coração, uma figura, e ali eu pedi que eles i<strong>de</strong>ntificassem também<strong>da</strong> mesma forma. Foi uma questão on<strong>de</strong> acho que teve um índice <strong>de</strong> <strong>no</strong>venta e cinco porcento <strong>de</strong> acerto. Basea<strong>da</strong> em um trabalho que eles fizeram. Porque nós <strong>no</strong>s preocupamostanto assim, em memorizar conceitos, e falar, falar, falar, duas horas com eles sobreaquilo, enquanto que eles trabalharam sozinhos, não ficou tão maçante, porque ca<strong>da</strong> umtinha uma maneira diferente <strong>de</strong> apresentar, e uma figura diferente, que eu não iaconstruir to<strong>da</strong>s aquelas, não tem condições <strong>de</strong> fazer isso, eles fizeram, trouxeram para asala <strong>de</strong> aula, explicaram <strong>de</strong>ntro do contexto que eles montaram <strong>da</strong> figura, e apareceramtrabalhos excelentes. E o resultado também, foi eu colocar na prova, uma figura que elesnão tinham nem idéia, nem que eu ia colocar essa questão, também. Eu fiz justamentepara testar se aquilo era um momento on<strong>de</strong> eles <strong>de</strong>coraram coisas, e chegaram ali eexplanaram, ou se realmente eles tinham ficado. E ficaram. Eles apren<strong>de</strong>ram. Eu possoperguntar qualquer, chegar com qualquer figura na aula, pedir que eles i<strong>de</strong>ntifiquem,eles i<strong>de</strong>ntificam.Eu acho que po<strong>de</strong>ria ain<strong>da</strong> usar a informática, fazendo uma certaclassificação, se eu tivesse mais tempo com eles, utilizar assim até para introduzirconteúdos. Um pouco <strong>de</strong> história <strong>da</strong> <strong>Física</strong>. Porque fica tão longe <strong>de</strong>les. Nóscomentamos, mas é um comentário que passa muito rápido. Hoje existem sites que sãobons, que trazem to<strong>da</strong> essa história, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> surgiu. Questões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, também. Quenós acabamos, <strong>de</strong> uma certa forma, passando por cima disso. Não temos tempo <strong>de</strong>trabalhar com <strong>de</strong>talhes essas questões. Aí se podia assim lançar como tarefas extras.Agora, o problema <strong>de</strong>les é o seguinte: tem valor? Tem <strong>no</strong>ta? Eu faço. Não tem, eu nãofaço. Com raras exceções. E o objetivo é atingir a todos, quando se faz um trabalhoassim. Então fica meio maçante nesse sentido. Porque se tem valor, se eu atribuo algo eé obrigatória a tarefa, eles fazem, senão muito raro.Até porque eles também têm problema <strong>de</strong> tempo, também. Claro, eles têmuma série <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, eles fazem esporte, eles têm curso <strong>de</strong> inglês, eles têm cursodisso e <strong>da</strong>quilo, fora <strong>da</strong> escola. Nós enten<strong>de</strong>mos isso, mas nós temos condições <strong>de</strong>trabalhar muito melhor a <strong>Física</strong>, <strong>de</strong> uma maneira que eu acho que já melhorou muito.Por exemplo, quando eu era estu<strong>da</strong>nte, e agora, eu acho que cresceu, assim, coisas queos alu<strong>no</strong>s não tinham interesse nenhum, que tu questionavas e eles não sabiamrespon<strong>de</strong>r, hoje os meus filhos, que eu tenho um com 8 e outro com 10, me respon<strong>de</strong>mtranqüilamente. Questões que alu<strong>no</strong> do ensi<strong>no</strong> médio não saberia respon<strong>de</strong>r. Até essascoisas estão sendo busca<strong>da</strong>s. Em termos <strong>de</strong> curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, são muito curiosos, e vãobuscar muita coisa fora, só que não é bem direcionado. Po<strong>de</strong>ríamos aproveitar melhoresse trabalho <strong>de</strong>les, na Internet, po<strong>de</strong>ríamos direcionar para <strong>de</strong>terminados conteúdos quejá resolveriam outros problemas <strong>de</strong>les. E não é possível, assim até porque ficadispendioso em relação ao tempo para elaborar tudo isso, porque tu não simplesmentepo<strong>de</strong>s man<strong>da</strong>r eles irem para a Internet e pesquisarem sites <strong>de</strong> <strong>Física</strong>, porque aírealmente eles não têm discernimento para ver esse é bom, esse não é bom, esse eutenho que olhar, esse eu não tenho, isso aí tinha que ter, organizar. Então primeiro apesquisa é minha, por sinal com muito tempo, porque procuro olhar o maior númeropossível, e alguns agora também têm permissão nega<strong>da</strong> para utilização, como temalguns que são bons e não é mais permiti<strong>da</strong>, a não ser que tu pagues. Isso estraga umpouco. Porque em alguns, é claro, esses que são muito utilizados, a tendência é nãopermitir mais o acesso livre, justamente porque eles estão vendo que são muitoutilizados. Mas eu acho que ain<strong>da</strong> temos muita coisa que fazer. Precisamos fazer.88
Além do uso <strong>da</strong> Internet, eu tenho algumas coisas em CD, que eu introduzianesta aula do Aulanet. Porque lá era possível. E agora, <strong>de</strong>ntro do site, porque aí, a partirdo momento que nós acabamos com o Aulanet, eu passei para página, é coisa que levamuito tempo. Como eu já estava assim, mais para o final do a<strong>no</strong>, eu já tive <strong>de</strong> tocar eelaborar essa aulas para <strong>da</strong>r tempo <strong>de</strong>les terminarem o conteúdo que eu estava fazendocom eles durante o primeiro. Mas esse a<strong>no</strong> eu quero utilizar filmes, o a<strong>no</strong> passado eucheguei a selecionar alguns para trabalhar essa questão dos filmes, e aí não conseguimoscolocar isso para <strong>de</strong>ntro do sistema, não permitia. Ele entrava, quando ele era filmado,sem problema algum, tu olhavas, estava ok, quando tu introduzias ele <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> aula eleia assim com para<strong>da</strong>s, ele não corria <strong>no</strong> intervalo <strong>de</strong> tempo <strong>no</strong>rmal. E aí nãoconseguimos colocar, eu tenho algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s nessas questões, e não tenho aquem recorrer, tu vais e aí aquelas pessoas que seriam as indica<strong>da</strong>s para resolver essesproblemas também não têm a solução. Então é assim, tu não tens um amparo <strong>de</strong> alguémque diga assim “não, eu resolvo essas questões assim que são mais técnicas”, porquerealmente quando eu vou preparar o conteúdo, se eu tiver que apren<strong>de</strong>r também isso aí,eu não vou consegui fazer praticamente na<strong>da</strong> durante o a<strong>no</strong>. Então teria que ter umsuporte técnico que diga assim: “Não, essas questões eu resolvo. Tu <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>s o que tuqueres colocar, traz aqui”. Eu perdi três semanas com o filme locado, embaixo do braço,correndo para lá, para cá, marcando com um, marcando com outro, tive que <strong>de</strong>sistir dofilme porque ninguém conseguiu colocar. E era uma questão que eu queria discutir comeles o som, <strong>no</strong>s filmes <strong>de</strong> ficção científica, era uma explosão numa nave espacial, um<strong>de</strong>sses do “guerra nas estrelas”. Eu queria discutir a questão do som, e <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong>espaço, porque a nave explodia e o fenôme<strong>no</strong> acontecia todo ao mesmo momento, e elesouviam, os outros, a nave, ouviam e viam o fenôme<strong>no</strong> <strong>no</strong> mesmo instante. Ouviam <strong>no</strong>espaço, também, o som. Eram umas questões assim, que eu queria fazer, e acho que elesiam se interessar também. Mas ficou, morreu, a gente não teve como ir em frente. Umproblema <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia, mesmo. Eu não sei se existe, já, alguma coisa que possaresolver essa questão. Não sei que tipo <strong>de</strong> filmagem tinha que ser, para que pu<strong>de</strong>ssejogar ali <strong>de</strong>ntro, que isso ro<strong>da</strong>sse. Eles tentaram <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as formas, ali na Católica, opessoal <strong>da</strong>li, que já está habituado a fazer isso, e não conseguiram colocar. Porque euprecisava <strong>da</strong> cena em si. Eles tinham que visualizar. Não era possível perceber, o somficou ruim também. Ele também era meio que cortado. E aí não tinha, per<strong>de</strong>u o objetivo<strong>no</strong> momento que eles não po<strong>de</strong>riam realmente observar aquilo que eu queria. Eupreparei todo um texto, estava tudo pronto e não conseguir jogar <strong>de</strong>ntro. De nenhumamaneira. Continuei tentando até o meio do a<strong>no</strong> e não foi possível.Eu acho que todo o trabalho tem sempre resultado, se foi formulado comcertos objetivos, e que tu consigas que os alu<strong>no</strong>s se interessem mais, eu acho quealcança o objetivo. Se cinqüenta por cento <strong>de</strong> uma turma se interessar e <strong>da</strong>li eles tiraremalgumas conclusões e com isso eles apreen<strong>de</strong>rem alguma coisa <strong>da</strong>quilo que tu estáslevando para eles, já tens o teu objetivo alcançado. Não dá para te dizer: “isso é maisproveitoso, aquilo é mais proveitoso”. Depen<strong>de</strong> muito <strong>da</strong> direção que o professor dánesse trabalho. E também eu acho que a maneira que ele motiva. Porque os <strong>no</strong>ssosalu<strong>no</strong>s são motivados para o trabalho. Se nós não conseguirmos motivar, eles nãofazem. Eu acho que não existe assim uma fórmula pronta, mágica, que diga: “essa é amelhor, aquela é a melhor”. Eu não tenho essa pretensão <strong>de</strong> jeito nenhum. Eu acho queca<strong>da</strong> professor estrutura seu trabalho e toma uma direção que ele realmente acredita sera melhor. Po<strong>de</strong> errar, po<strong>de</strong> acertar, mas alguma coisa sempre fica <strong>de</strong>sse trabalho. Apartir do momento que ele tenta i<strong>no</strong>var, construir alguma coisa <strong>no</strong>va com os alu<strong>no</strong>s,acho importante.89
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