84alguma coisa <strong>de</strong> re<strong>de</strong> eu conheço.Do projeto EDUCOM, eu nunca ouvi falar. O <strong>no</strong>me não me é estranho, masnão sei do que é que se trata.Ao ser questionado sobre suas opiniões a respeito dos ambientescomputacionais-educacionais atuais, o entrevistado respon<strong>de</strong>u:Bom, o ambiente lá do colégio é excelente. Laboratório muito bemiluminado, os computadores, as mesas são amplas, os computadores ali, ca<strong>de</strong>irasa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para o trabalho, mesas também a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para o uso do computador. Euacho que o laboratório não <strong>de</strong>ixa na<strong>da</strong> a <strong>de</strong>sejar como condições <strong>de</strong> trabalho para oalu<strong>no</strong>. Mantém o alu<strong>no</strong> ali, um ambiente agradável, amplo, arejado, com arcondicionado e tudo. A princípio não vejo pontos negativos. A princípio o laboratório,acho que não tem na<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>ria ter mais computadores. Porque o espaço é tão bom quepo<strong>de</strong>ria realmente ter mais computadores ali <strong>de</strong>ntro. Eu acho que se, claro, se à medi<strong>da</strong>que tiver, se aumentarem mais vinte computadores é claro que não vai caber ali, masmais uns <strong>de</strong>z computadores ali com certeza cabem e fica todo mundo bem frouxo, nãotem problema.Ao ser questionado sobre a formação <strong>de</strong> professores para o uso <strong>da</strong>s<strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias na Educação, o entrevistado respon<strong>de</strong>u:Cursos existem alguns aí. A Católica está promovendo, e se não me enga<strong>no</strong>a FURG também tinha uma pós-graduação na parte <strong>de</strong> Educação, mas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>graduação, que eu saiba, não tem uma gran<strong>de</strong> motivação <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r comotrabalhar, buscar aula informatiza<strong>da</strong>. Eu não me lembro na minha graduação <strong>de</strong> a gentetrabalhar nesse sentido, naquelas aulas mais pe<strong>da</strong>gógicas, <strong>de</strong> ter discussões nessesentido. Eu acabava discutindo, com alguns professores, porque era a <strong>no</strong>ssa área ali.Mas ninguém mais tinha essa preparação. Até porque a gente não tinha um laboratório.No final, agora, que estava um laboratório mais, estava um laboratoriozinho <strong>de</strong>cente,mas não tinha esse tipo <strong>de</strong> preparação.Deveria ser mu<strong>da</strong>do na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse contexto, a preparação doprofessor para <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias. Por exemplo, tinha gente que não sabia usar o canhão<strong>de</strong> projeção. A gente até fazia lá, eu buscava sempre, eu busco sempre usar o máximoque eu pu<strong>de</strong>r a tec<strong>no</strong>logia. Está aí, eu quero mais é usar. Até porque torna mais atraentea aula. Tu chegas lá, a aula inteira todos os dias <strong>no</strong> quadro. De vez em quando tu vai lá epega o retroprojetor e usa ele para fazer uma, alguma coisa, lá, botar alguma projeção,alguma coisa. Só para variar, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula. Não é gran<strong>de</strong> coisa usar umaprojeção, uma lâmina. Não é gran<strong>de</strong> coisa, mas dá uma varia<strong>da</strong>, dá uma dinamiza<strong>da</strong> naaula. Pega lá, leva uma fita <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o. Faz alguma coisa diferente, leva o pessoal para<strong>de</strong>ntro do laboratório. Para mostrar que a aula não é só o quadro, ali. E é isso que àsvezes falta. Inevitavelmente o professor cai nisso aí, porque é cobrado tanto pela escolae pelos pais quanto pelos alu<strong>no</strong>s. Se tu adotas um livro, o alu<strong>no</strong> quer ver todo o livro,mas não quer fazer todos os exercícios do livro. Quer que tu faças todos os exercícios.Se tu propões alguma coisa, tu é que tens que chegar até o final, não eles que têm quefazer por si só. Nós não somos preparados <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> para esse tipo <strong>de</strong>coisa, para encarar esse tipo <strong>de</strong> coisa. É diferente do que a gente se prepara e estu<strong>da</strong>.Claro, a teoria é uma coisa, o cara chega na sala <strong>de</strong> aula é outra.E acho que esse é que é o problema, a gente po<strong>de</strong>ria ter mais contato com asala <strong>de</strong> aula na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. De repente, a utilização do computador po<strong>de</strong>ria ter <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong>s disciplinas didáticas na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Vamos, por exemplo, os alu<strong>no</strong>s <strong>da</strong>universi<strong>da</strong><strong>de</strong> aju<strong>da</strong>rem os professores a informatizar a sua aula. De repente seria
85interessante, tanto para os alu<strong>no</strong>s quanto para o professor, se pu<strong>de</strong>sse chegar, tu estássuper ocupado lá, mal tens tempo para preparar as aulas, tens o apoio dos estu<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong>universi<strong>da</strong><strong>de</strong> para preparar uma aula, algo mais sofisticado, usando computador, usandoví<strong>de</strong>o, usando alguma coisa mais mo<strong>de</strong>rna. De repente isso é algo interessante para auniversi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Ao ser questionado sobre suas expectativas para o futuro <strong>da</strong>informática na Educação e sobre suas impressões gerais sobre o tema, oentrevistado respon<strong>de</strong>u:Acho que eu não vejo na<strong>da</strong> <strong>de</strong> informatizado na Educação. O que a gente vê<strong>de</strong> uso do computador? Digitação <strong>de</strong> textos. Só isso. Os professores usam a informáticapara editar texto. Não tem na<strong>da</strong>. Ou <strong>no</strong> máximo para fazer alguma consulta sobre<strong>de</strong>terminado assunto na re<strong>de</strong>. O professor pe<strong>de</strong> para o alu<strong>no</strong> fazer uma pesquisa na re<strong>de</strong>sobre algum assunto. “O que tu encontras sobre isso?”. Aí o alu<strong>no</strong> procura. Esse tipo <strong>de</strong>coisa tu po<strong>de</strong>s até ver. Esses dias eu vi uma coisa incrível, o professor pediu para osalu<strong>no</strong>s fazerem uma pesquisa, fazer um resumo sobre algum assunto, o alu<strong>no</strong> chegou lácom o material digitado, bonito. O professor olhou e disse “mas isso aqui tu tirasses <strong>da</strong>Internet”. “Não, isso aqui foi...” “Não, mas está aqui a <strong>da</strong>ta, a página, tudo”. O alu<strong>no</strong>não se <strong>de</strong>u ao trabalho nem <strong>de</strong> copiar e colar <strong>no</strong> Word. Até porque estava um linguajar,uma escrita ali que é totalmente formal, que não é do vocabulário do alu<strong>no</strong>. Tu vês <strong>de</strong>cara que não é. Então, é o que se vê do uso <strong>da</strong> informática.Eu acho que está havendo uma gran<strong>de</strong> divulgação <strong>no</strong> sentido do uso <strong>da</strong> re<strong>de</strong>na Educação, para fora <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula o professor manter o contato com o alu<strong>no</strong>. Claroque não é um contato, é um contato esporádico, <strong>de</strong> vez em quando o professor vai tendocontato com o alu<strong>no</strong>. Mas está tendo uma boa divulgação nesse sentido. Às vezes até éfácil <strong>de</strong> entrar, por exemplo, o pessoal aqui do colégio criou um canal <strong>de</strong> bate papo, euentro <strong>de</strong> vez em quando lá e converso com o pessoal ali. Mas aí fica mais informal,assim só para eu manter um contato mais informal com os alu<strong>no</strong>s, para manter um laço<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> com eles, eu entro <strong>no</strong> canal lá <strong>de</strong>les e fico batendo papo. Eles brincamcomigo, eu brinco com o pessoal. Alguns eu reconheço, outros não. Eles usam os “nick”<strong>de</strong>les. Alguns se i<strong>de</strong>ntificam, outros não.Eu espero que essas <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias aumentem o gosto pela utilização doví<strong>de</strong>o, computador, apesar <strong>de</strong> que eu gosto muito <strong>da</strong> <strong>Física</strong> <strong>da</strong> criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> criarexperimentos, eu gosto muito disso. Mas eu espero que melhore. Eu ain<strong>da</strong> não vejo <strong>de</strong>imediato aquela coisa <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> aula on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> alu<strong>no</strong> tem seu computador. Isso aí eunão vejo tão imediatamente. Porque ninguém está preparado. Eu não estou preparado.Nem eu, ninguém. Eu não sei quem está preparado para isso. Eu gostaria <strong>de</strong> ver umaescola com esse tipo <strong>de</strong> Educação, para ver como é o an<strong>da</strong>mento realmente. Mas eu nãovejo mu<strong>da</strong>nça, sinceramente, nesse sentido. Eu vejo o uso <strong>da</strong>s tec<strong>no</strong>logias extraclasse,mas <strong>de</strong>ntro, incluído <strong>no</strong> sistema tradicional <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> não. Nem as políticas, eu não vejona<strong>da</strong> a respeito disso. A gente lê alguns artigos nesse sentido, <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça, mas na<strong>da</strong>que seja aplicado, que está sendo aplicado, não. Po<strong>de</strong> ser que haja uma mu<strong>da</strong>nça, nãobrusca, com certeza, muito lenta mas po<strong>de</strong> ser que ocorra.Eu vejo a informática como um incremento. Tem a acrescentar <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>Educação, mas não é o ponto principal, eu acho. Tem que ter o contato professor-alu<strong>no</strong>,o quadro é importante, tem que ter todo o processo, a escrita, não po<strong>de</strong> substituir oteclado pela escrita com a mão, eu acho que tem que ter tudo, acho que tem queincrementar, que só ten<strong>de</strong> a acrescentar na Educação, mas não substituir, eu acho quesubstituir o sistema tradicional <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> não seria a solução. Mas para acrescentar.Como uma ferramenta.
- Page 3 and 4:
RAFAEL OTTO COELHOO Uso da Informá
- Page 5 and 6:
AGRADECIMENTOSAo Bernardo, pela ded
- Page 7 and 8:
RESUMOA Informática Educativa cada
- Page 9 and 10:
INTRODUÇÃOA Educação passa por
- Page 11 and 12:
11Pelo teor de algumas afirmações
- Page 13 and 14:
131.1 Um pouco de minha históriaNe
- Page 15 and 16:
151.2 ObjetivosExistem projetos, go
- Page 17 and 18:
17Assim, ao realizar esta pesquisa
- Page 19 and 20:
19Por estes textos, o projeto EDUCO
- Page 21 and 22:
computador, se a concepção de ens
- Page 23 and 24:
23Valente explica que o problema da
- Page 25 and 26:
25Outro aspecto importante em rela
- Page 27 and 28:
272.2 Informática na EducaçãoCys
- Page 29 and 30:
29um equilíbrio entre estes aspect
- Page 31 and 32:
31“...o simples uso do computador
- Page 33 and 34: 332.3 Os possíveis usos do computa
- Page 35 and 36: 35Tratando especificamente da aplic
- Page 37 and 38: 37Dimensão 1 - Objetivos do softwa
- Page 39 and 40: 39equações. Neste caso, o computa
- Page 41 and 42: CAPÍTULO 3A INVESTIGAÇÃOA crise
- Page 43 and 44: 43formação de professores, polít
- Page 45 and 46: 453.2 A centralização do poderUma
- Page 47 and 48: 47monitores de informática (quando
- Page 49 and 50: 49“E em alguns casos a gente sabe
- Page 51 and 52: 51especialização, o Estado não l
- Page 53 and 54: perenes para o seu fazer didático.
- Page 55 and 56: 55montado um projeto de informatiza
- Page 57 and 58: CAPÍTULO 4CONCLUSÕES E COMENTÁRI
- Page 59 and 60: 59professores qualifiquem-se na ár
- Page 61 and 62: 61radical, onde um sistema é deixa
- Page 63 and 64: 63MONTARROYOS, Erivaldo e MAGNO, Wi
- Page 65 and 66: ANEXO 1 - ENTREVISTA COM O PROFESSO
- Page 67 and 68: 67Tu darias uma gama de oportunidad
- Page 69 and 70: 69Então tem que oferecer alguma co
- Page 71 and 72: estava fazendo, o que o outro estav
- Page 73 and 74: 73fazer pesquisa, que eles pudessem
- Page 75 and 76: trabalhar com o aluno mas tem dentr
- Page 77 and 78: criassem essas coisas, porque o com
- Page 79 and 80: 79como, então uma mesa para impres
- Page 81 and 82: 81ANEXO 4 - ENTREVISTA COM O PROFES
- Page 83: 83rede, um trabalho a princípio pa
- Page 87 and 88: 87professores da UCPel, montamos o
- Page 89 and 90: Além do uso da Internet, eu tenho
- Page 91 and 92: 91aqui para nós se complicaram, po
- Page 93 and 94: daquilo. Mas eles nem entram num si
- Page 95 and 96: usar um código, uma senha para ent
- Page 97 and 98: 97O próprio aluno que fez o progra
- Page 99 and 100: 99Ao ser questionado sobre a forma
- Page 101: 101se eles podem fazer remanejo, qu