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O Uso da Informática no Ensino de Física de Nível Médio

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Eu acho, eu vou falar assim mais específico na <strong>Física</strong> que é on<strong>de</strong> eu estou,eu acho que a informática vai mu<strong>da</strong>r completamente o comportamento dos alu<strong>no</strong>s, oalu<strong>no</strong> não vai ver a <strong>Física</strong> como a maioria vê, como uma coisa enfadonha, como umconjunto <strong>de</strong> fórmulas que ele tem que <strong>de</strong>corar, e com certeza ele vai ter mais prazer emestu<strong>da</strong>r. Porque isso está inserido <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>le. Em casa eles usam computador,eles gostam <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia, eles gostam, eles têm tec<strong>no</strong>logia em to<strong>da</strong> a volta. Então,muito melhor, muito mais interessante vai se tornar com certeza. Estás usando umatec<strong>no</strong>logia que está na casa <strong>de</strong>le. Se tu não usar, ele sai <strong>de</strong> casa on<strong>de</strong> ele tem tudo que érecurso, chega na escola e senta numa ca<strong>de</strong>ira e tem que ficar <strong>no</strong>venta minutos, muitasvezes, quando é dobradinha, sentado quieto. Ele não agüenta. A gente não agüenta.Então eu acho que vai mu<strong>da</strong>r completamente o comportamento, com certeza.E a aprendizagem eu acho que é muito maior. Ela é mais visual, ela é meiolúdica até. Então isso aí facilitaria muito mais, com certeza. Tem gente que até diz “Mase o professor, como é que ele fica? Vai per<strong>de</strong>ndo espaço?” Sim, vai per<strong>de</strong>ndo o espaçotradicional, que ele tinha, <strong>de</strong> sabedor <strong>de</strong> tudo, lá. Mas ele vai ser um orientador, vaiselecionar a seqüência que vai ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>. Eu acho que ele não per<strong>de</strong> na<strong>da</strong>, só vaimu<strong>da</strong>r o papel um pouquinho. De transmissor <strong>de</strong> conhecimento para orientador. Nemvai se cansar tanto, eu acho. Aquele <strong>de</strong>sgaste, às vezes tu tens que <strong>da</strong>r mil e uma matériaem aula, que tu sais podre <strong>de</strong> cansado, não tem que ter mais.Eu acho que as políticas <strong>de</strong> <strong>Informática</strong> na Educação ain<strong>da</strong> estão muito<strong>de</strong>vagar. Tu vês <strong>de</strong> vez em quando <strong>no</strong>tícias que umas escolas receberam computador,mas eu acho que ain<strong>da</strong> está muito fraquinho. Até porque, muitas vezes, recebecomputador e o professor ain<strong>da</strong> não se preparou. Aí então ele vai lá e traz um professor<strong>de</strong> informática, restringe o uso e não aproveita todos os recursos que ele tem paraoferecer. Então, <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo, eu volto para a mesma estória: está lento, mas a partir domomento que tu tens até um computador <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula, e um professorpreparado, ele vai tornar aquele um em um valor e<strong>no</strong>rme. Não é tanto pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>,recebeu trinta computadores, mas está usando para quê? Para máquina <strong>de</strong> escrever?Acho que isso vai mu<strong>da</strong>r só quando houver capacitação dos professores paraorientar melhor. Eu acho que tem que sair por aí. Claro, que a cabeça dos dirigentes temque mu<strong>da</strong>r. Então é meio complicado, é meio complicado. Eu acho que uma direçãocomprometi<strong>da</strong> com uma melhoria é que vai forçar, é o que eu tava te dizendo, nessaescola particular que eu sei, ele está meio que forçando a coisa, ele obriga. Olha, oprograma é tal, mas tu tens que me apresentar um terço <strong>da</strong>s aulas na informática. Po<strong>de</strong>sair uma porcaria, mas <strong>de</strong>pois ele vai melhorar. Para alguma coisa vai servir, o professorvai sentir que está ficando ultrapassado. Que as coisas estão mu<strong>da</strong>ndo. Então eu achoque é pelo professor, sem dúvi<strong>da</strong>, e pelos dirigentes que começa.Também acho que <strong>de</strong>veria haver uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> maior <strong>de</strong> cursos durante oa<strong>no</strong> letivo, cursos relativos ao uso <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia, para os professores. Para po<strong>de</strong>remtrocar idéias. Porque <strong>no</strong> momento que se reúnem alguns professores, por exemplo, eufui a um, agora em Porto Alegre, on<strong>de</strong> veio uma <strong>da</strong>s professoras <strong>de</strong> Química lá dosEstados Unidos, que usa bastante essas calculadoras gráficas, o laboratório <strong>de</strong>la é todocom calculadoras gráficas. Foi fazendo aquelas experienciazinhas bem simples,medindo pH e outras coisas. Embora ela tenha <strong>da</strong>do algumas orientações <strong>de</strong> química,que a gente não apren<strong>de</strong>u porque não sabia nem ligar a calculadora. Mas o que eu acheimais interessante é que embora ela estivesse <strong>da</strong>ndo aquela palestra e explicando como éque era, aquela função, com tradução, o que era mais interessante é que quando <strong>da</strong>va ointervalinho para o café, ali, um ou outro conversava, “O que tu estás fazendo?”, “Ah,eu estou fazendo tal coisa”, e a troca que se propiciava ali <strong>de</strong> experiências, o que um70

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