58Foi bastante senti<strong>da</strong> a utilização <strong>da</strong> Internet por parte dos entrevistados, bemcomo <strong>de</strong> alguns softwares específicos, como o Mo<strong>de</strong>llus e o Aulanet, e <strong>de</strong> applets Java eanimações Flash. Infelizmente, por não se ter uma idéia prévia <strong>da</strong> riqueza <strong>da</strong>sinformações que se po<strong>de</strong>ria conseguir, não foram explora<strong>da</strong>s nas entrevistas asconcepções e os conhecimentos dos professores quanto ao software utilizado. O uso <strong>da</strong>Internet como fonte <strong>de</strong> pesquisa é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para alguns professores, aponto <strong>de</strong> o tempo gasto nessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> atrapalhar o seu lazer. Já o uso <strong>de</strong> aplicaçõesmais específicas parece ser mais esporádico, apesar <strong>de</strong> isto não ter ficado claro nas falas.Seria interessante em pesquisas posteriores a abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong>sta questão.Outro ponto que me parece claro a partir <strong>da</strong>s falas dos professoresentrevistados é a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que seja leva<strong>da</strong> em consi<strong>de</strong>ração na discussão ereflexão a respeito <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> informática na escola, a previsão <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong>manutenção dos equipamentos e <strong>da</strong> infra-estrutura física. O caráter dinâmico domercado <strong>de</strong> computadores e software impõe essa exigência, já que esses equipamentospo<strong>de</strong>m apresentar <strong>de</strong>feitos e ficar obsoletos em um espaço <strong>de</strong> tempo relativamentecurto. Uma alternativa seria a assinatura <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong>s máquinas, e a<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong>stas. Outra, viável para escolas <strong>de</strong> maiorporte, é a criação <strong>de</strong> um setor responsável pela manutenção e atualização dosequipamentos. É interessante frisar que, em qualquer um dos casos, <strong>de</strong>ve-se evitar que opo<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cisório fique nas mãos <strong>de</strong> uma única pessoa ou <strong>de</strong> um grupo específico (osprofessores <strong>de</strong> informática, por exemplo). Também é preciso estar atento para que nãohaja uma gran<strong>de</strong> dispari<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica entre os equipamentos disponíveis <strong>no</strong>slaboratórios. Se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um laboratório existirem algumas máquinas muito maisrápi<strong>da</strong>s, mo<strong>de</strong>rnas ou equipa<strong>da</strong>s do que outras, corre-se o risco <strong>de</strong> criar umadiscriminação caso alguns alu<strong>no</strong>s (ou mesmo professores) sintam-se <strong>no</strong> direito <strong>de</strong> usaras melhores máquinas por qualquer critério.Assim como é necessária a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> atualização econservação <strong>da</strong> parte material, os recursos huma<strong>no</strong>s não <strong>de</strong>vem ser relegados a umpla<strong>no</strong> me<strong>no</strong>s importante. De na<strong>da</strong> adianta os equipamentos, laboratórios e softwares <strong>da</strong>escola serem a<strong>de</strong>quados, se os professores não estiverem aptos a utilizá-los. Éimprescindível que os professores tenham as condições e o incentivo necessários paraatualizar-se, seja com a participação em cursos, encontros, e discussões <strong>da</strong> própriacomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Também não se po<strong>de</strong> incorrer <strong>no</strong> erro <strong>de</strong> criar as condições para que os
59professores qualifiquem-se na área técnica (fazendo cursos <strong>de</strong> informática, porexemplo) em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> dimensão pe<strong>da</strong>gógica, ou vice-versa. De pouco adianta parao uso proveitoso <strong>da</strong> informática educativa, por exemplo, um professor com pósgraduaçãoem educação que não saiba o mínimo <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> um computador, ouum profissional que domine o uso <strong>de</strong> vários aplicativos e linguagens <strong>de</strong> programação,mas que não tenha formação pe<strong>da</strong>gógica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.As discussões interna e externa visando a troca <strong>de</strong> experiências, são ocaminho mais simples para obter um avanço pe<strong>da</strong>gógico, seja pela informáticaeducativa ou não. Em muitos casos, basta não criar empecilhos às iniciativas dospróprios professores, e estes buscarão <strong>no</strong>vas experiências e recursos pe<strong>da</strong>gógicos, mas oi<strong>de</strong>al é manter um programa <strong>de</strong> incentivo e motivação à busca <strong>de</strong> aperfeiçoamento pelosprofessores. Um exemplo é procurar não “punir” os professores que vão a encontros <strong>de</strong>Educação, obrigando-os ao cumprimento <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho fora <strong>de</strong> seu horário,conforme relatado em uma <strong>da</strong>s entrevistas realiza<strong>da</strong>s. A escola <strong>de</strong>ve prever substituiçõesnesses casos, já que este “pagamento <strong>de</strong> horas” inviabiliza as iniciativas <strong>de</strong> muitosprofessores.Também sinto a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser revisto o conceito <strong>de</strong> laboratório <strong>de</strong>informática. O fato <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> informática na Educação ocorrer em um local quenão a própria sala <strong>de</strong> aula tem algumas conseqüências que por vezes são ig<strong>no</strong>ra<strong>da</strong>s. Porexemplo, o alu<strong>no</strong> po<strong>de</strong> ficar com a impressão <strong>de</strong> tratar-se <strong>de</strong> um momento <strong>de</strong> recreação,e não uma parte <strong>da</strong> aula. Também o fato <strong>de</strong> necessitar <strong>de</strong>slocar a turma <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aulaaté o laboratório po<strong>de</strong> impor um obstáculo às iniciativas do professor: <strong>no</strong>rmalmente nãose utiliza um período inteiro com ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>no</strong> computador, o que gera uma per<strong>da</strong> naadministração do tempo, já curto na maioria dos casos. Uma alternativa seria <strong>de</strong>slocar aturma por alguns minutos para o laboratório, retornando a seguir para a sala <strong>de</strong> aula,mas esse procedimento, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> escola, po<strong>de</strong> ser inviável.Outra possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> é usar o laboratório <strong>de</strong> informática para ministrar conteúdo <strong>da</strong>maneira convencional, usando os computadores quando necessário. Porém, na atualestrutura comum aos laboratórios, os alu<strong>no</strong>s estariam todo o tempo em frente aoscomputadores, o que permitiria que se distraíssem acessando a Internet, por exemplo.Esta distração foi frisa<strong>da</strong> por mais <strong>de</strong> um professor entrevistado. Uma solução i<strong>de</strong>al,mas ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> difícil implantação por causa dos elevados custos é a utilização <strong>de</strong>computadores portáteis (laptops), idéia que é <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> por Cysneiros (2000).
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