56se obsoleto <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo. Eu acho que isso aí tinha que ser uma política maisrápi<strong>da</strong>, <strong>no</strong> momento, porque a informática ca<strong>da</strong> dia é uma coisa diferente,ca<strong>da</strong> dia uma coisa diferente. Então, por exemplo, a minha escola está comcomputadores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o a<strong>no</strong> passado. Agora quer aumentar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> doscomputadores. Vai estar lá um papel, já tem <strong>de</strong>z computadores, eles queremmais dois, aí tem <strong>de</strong>z carroças e vem dois fórmula um, porque <strong>de</strong>mora muitouma coisa para a outra.” (Prof. 6)Uma subcategoria relaciona<strong>da</strong> à implantação <strong>da</strong> informática na escolapública é o papel <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> na implantação <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> na escola. Umapossível falha neste papel po<strong>de</strong> ser enxerga<strong>da</strong> <strong>no</strong> fato <strong>de</strong> nenhum dos entrevistados terconhecimento sobre o projeto EDUCOM, que consta em trabalhos que tratam dohistórico <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> Educativa <strong>no</strong> Brasil como o mais importante projeto <strong>de</strong>implantação <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> na Educação até hoje. Um indício <strong>de</strong> uma possívelexplicação para esse <strong>de</strong>sconhecimento po<strong>de</strong> ser encontra<strong>da</strong> na fala do professor 1:“As pessoas têm que ter acesso, parece que não tem uma organização muitoboa. Uma pessoa <strong>de</strong>senvolve uma pesquisa <strong>de</strong> mestrado, e ela fica on<strong>de</strong>?Ela tem que estar disponível. Por exemplo, <strong>de</strong>ntro do site <strong>da</strong> instituição quetu trabalhas. Todo mundo que fez mestrado tem que ter as suas pesquisas alidisponíveis para a gente ter acesso. E não tem aqui. Então se começa jápela própria instituição, por pouquinho que seja, disponibiliza isso,apresenta, divulga, o fula<strong>no</strong> chegou com um mestrado em tec<strong>no</strong>logia, comcerteza vai ter gente que vai se interessar. E vai se <strong>de</strong>sacomo<strong>da</strong>r. Então euacho que tem que ser por aí. A partir <strong>da</strong>s instituições começarem a provocarisso.” (Prof. 1)Não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> lado o papel <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> pública naimplantação <strong>da</strong> <strong>Informática</strong> Educativa na escola. A universi<strong>da</strong><strong>de</strong> é um espaço gerador<strong>de</strong> transformação, e esta semente <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong>ve ser ativamente conduzi<strong>da</strong> doambiente <strong>de</strong> pesquisa para a sala <strong>de</strong> aula <strong>no</strong> nível médio e fun<strong>da</strong>mental. Cabe àuniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>r o suporte necessário para que a escola sinta a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>transformação e encontre meios para executá-la.
CAPÍTULO 4CONCLUSÕES E COMENTÁRIOSAo final <strong>de</strong>sta pesquisa, dialogando com meus referenciais teóricos, commeus entrevistados e a partir <strong>de</strong> minha própria reflexão em cima <strong>da</strong>s experiênciasvivi<strong>da</strong>s durante este período, pu<strong>de</strong> chegar a algumas opiniões sobre a questão do uso <strong>da</strong>informática <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>Física</strong> <strong>no</strong> nível médio. Estas, contudo, são o reflexo <strong>de</strong> ummomento contextualizado em uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo mais um passo nareflexão e discussão que esse tema merece.Salta aos olhos a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> os professores que atuam <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médioconscientizarem-se <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> discussão crítica e profun<strong>da</strong> dos objetivos <strong>de</strong> suaprática e do papel <strong>da</strong>s tec<strong>no</strong>logias digitais nesta. Alguns professores têm a idéia <strong>de</strong> que ainformática educativa tem como função a automatização do ensi<strong>no</strong>, e este modo <strong>de</strong> verestá intimamente ligado a uma concepção conteudista <strong>da</strong> educação. Obviamente, separtíssemos do pressuposto que ensinar é transmitir conhecimento, o computador seriauma peça que viria a substituir o papel do professor, automatizando e mesmootimizando essa transmissão.To<strong>da</strong>via, se consi<strong>de</strong>rarmos que educar é mediar a aprendizagem, veremosque o papel do professor é imprescindível. Ferramentas po<strong>de</strong>m auxiliar esta mediação,facilitando o trabalho braçal <strong>de</strong>, por exemplo, escrever a matéria <strong>no</strong> quadro-negro, epossibilitando ao professor uma maior atenção às tarefas <strong>de</strong> planejamento e avaliação <strong>de</strong>sua prática. A informática educativa, nesta perspectiva, é um aliado importante, poispermite um grau <strong>de</strong> interação muito superior ao <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong>informação e <strong>de</strong> comunicação tradicionais, como livros, figuras e orientação presencial.A entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> informática <strong>no</strong> espaço escolar <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong>sta forma, ser guia<strong>da</strong> pelaconcepção que se tem do que é educar. O planejamento do lay-out dos laboratórios, <strong>da</strong>aquisição <strong>de</strong> software, e <strong>da</strong> política <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong>s máquinas <strong>de</strong>ve ser pensa<strong>da</strong> <strong>de</strong>maneira a que o os computadores sejam usados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma perspectivainteracionista, e não simplesmente conteudista. Por exemplo, segundo Cysneiros (2000),certos arranjos dos computadores são preferidos por facilitar que o alu<strong>no</strong> copie para ocomputador o que o professor escreve <strong>no</strong> quadro, tornando mais cômodo para esteadotar uma postura tradicional <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>.
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